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O ditador da Rússia, Vladimir Putin, está insistindo nas negociações com os Estados Unidos que Moscou deve assumir totalmente o controle de quatro regiões da Ucrânia que ocupa parcialmente, como condição para encerrar a guerra, relatou nesta terça-feira (29) a agência americana Bloomberg, citando informações de três fontes em Moscou familiarizadas com o assunto.
Na última sexta-feira (25), o enviado do presidente americano Donald Trump, Steve Witkoff, se encontrou novamente com Putin na Rússia e tentou persuadir o ditador a aceitar um cessar-fogo mantendo as atuais linhas de frente, mas o líder do Kremlin recusou a proposta, segundo as fontes da Bloomberg.
Desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, a Rússia, que já ocupava a península ucraniana da Crimeia desde 2014, anexou ilegalmente as províncias de Kherson, Donetsk, Lugansk e Zaporizhzhia, embora não as controle totalmente.
Na prática, o controle total e o reconhecimento dessas províncias como sendo russas dariam a Moscou uma vitória que não conseguiu alcançar no campo de batalha.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se recusa a reconhecer a soberania russa sobre qualquer região ucraniana ocupada, embora Trump tenha dito na semana passada que a Crimeia já está “perdida” e que a resistência de Kiev em reconhecer isso estaria atrapalhando as negociações de paz.
Nesta terça-feira, a porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, reiterou uma posição que a gestão Trump já havia manifestado: se não houver progresso nas conversas nos próximos dias, os Estados Unidos se retirarão das negociações.
“Se não houver progresso, recuaremos como mediadores neste processo”, afirmou Bruce em entrevista coletiva, segundo informações da CNN.
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