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Moradores da cidade de Krymsk, que foi seriamente atingida pelas cheias | Eduard Korniyenko/Reuters
Moradores da cidade de Krymsk, que foi seriamente atingida pelas cheias| Foto: Eduard Korniyenko/Reuters

O presidente russo, Vladmir Putin, ordenou uma investigação sobre a morte de ao menos 171 pessoas em inundações no sul da Rússia. Na primeira catástrofe de seu governo, a reação de Putin foi imediata, diferente de outras crises que enfrentou em outros mandatos.

Na noite de sábado (7), o presidente visitou as áreas mais afetadas pela chuva e questionou autoridades locais pela falta de aviso aos moradores. Em Krimsk, cidade mais atingida pelas enchentes, o prefeito disse que avisou a população por volta das 22h30 (horário local), pouco depois do início da tempestade. Partidos opositores lembraram que a cidade foi atingida, em 2002, por enchentes que mataram dezenas de pessoas.

Segundo Putin, mais de 10 mil pessoas e 160 veículos, incluindo 12 aviões e helicópteros, trabalham no resgate a vítimas. Segundo a agência estatal RIA, mais de 140 pessoas morreram, a maioria delas são idosos que estavam dormindo e foram afogados. Autoridades locais dizem que a chuva forte deve acabar na segunda-feira.

Nas últimas 48 horas, chuvas torrenciais atingiram a na região de Krasnodar, no sul da Rússia. Imagens da TV russa mostram casas completamente submersas e pessoas em telhados e árvores tentando se salvar.A exportação de petróleo do Mar Negro, no porto de Novorossiysk - o maior da região - foi suspensa.

"A enchente começou de noite, enquanto moradores estavam dormindo. Muitas pessoas foram atingidas por choques elétricos e outros foram levados pela água para o mar", disse o porta-voz da polícia Igor Zhelyabin.

Mais mortes

Os serviços de resgate continuam encontrando corpos neste domingo na região de Krasnodar, no sudoeste de Rússia, onde chuvas torrenciais e inundações ocorridas entre sexta-feira (6) à noite e a madrugada de sábado deixaram 171 mortos confirmados até o momento.

Nove corpos foram encontrados desde que começou a inundação na estação balneária de Gelendjik e o balanço foi elevado para três mortos no porto vizinho de Novorossiisk, o mais importante da costa russa do Mar Negro.

A imprensa e os resgatistas do local temem que a lista de falecidos aumente ainda mais à medida que a água retrocede e os serviços de resgate avançavam em seu trabalho.

"Abrimos as casas: cadáveres", disse o prefeito de Krymsk, Vassili Kroutko, que esteve reunido com o presidente Vladimir Putin. A zona apresentava neste domingo uma paisagem de desolação, com árvores ou partes de casas caídos ou veículos tombados.

"Tiramos os escombros como pudemos, ainda não recebemos nenhuma ajuda", disse à AFP a habitante local, Irina Morgounova.

Segundo as autoridades locais mais de 12.000 habitantes e 4.000 casas foram afetadas pelo desastre neste distrito, que conta com 60.000 pessoas.

As chuvas pegaram os habitantes desprevenidos, mas muitos russos dizem que tantas mortes podem ser o resultado de uma comporta aberta num reservatório de água. As autoridades negam essas afirmações.

Choveu em Gelendzhik em 24 horas o correspondente a cinco meses, segundo a administração local.

Em Novorossiisk, o maior porto da Rússia no Mar Negro, as chuvas de 24 horas corresponderam a dois meses.

Uma célula de emergência foi formada para tentar colocar a situação sob controle, segundo um funcionário do porto, Mikhail Sidorov.

"Em alguns lugares, o nível da água atingiu um metro e meio", afirmou.

Segundo as autoridades locais, mais de 12.000 habitantes e 4.000 moradias foram afetadas pelo desastre neste distrito que conta com uma população de 60.000 pessoas.

O presidente Vladimir Putin, cuja residência de verão se encontra a 200 km ao sul, próximo à estação balneária de Sotchi, se dirigiu ao local no sábado à noite.

"É como um tsunami!", disse o presidente, que observou a região inundada de Krasnodar de helicóptero junto ao governador, Alexander Tkatchev.

Muitos habitantes afirmaram que não foram advertidos e que foram pegos de surpresa pela inundação à noite, entre 02H00 e 04H00 da madrugada de sábado.

Putin prometeu uma ajuda financeira para as moradias destruídas e indenizações, da ordem de 2 milhões de rublos (50.000 euros) para cada família.

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