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O ditador da Rússia, Vladimir Putin, voltou a pressionar pela saída do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, do cargo nesta sexta-feira (28), defendendo uma governança externa liderada pela ONU.
As declarações do líder do Kremlin foram televisionadas, enquanto ele falava para uma tripulação em um submarino nuclear russo.
Segundo Putin, Zelensky não teria "legitimidade" para assinar um acordo de paz, visto que seu mandato expirou no ano passado, em meio à guerra. Contudo, Kiev declarou lei marcial, o que impossibilita a realização de eleições nacionais.
“Sob os auspícios da ONU, com os EUA ou até mesmo com países europeus e, claro, com nossos parceiros e amigos, poderíamos discutir a possibilidade de introdução de governança temporária na Ucrânia”, afirmou o ditador russo, acrescentando que isso permitiria ao país “realizar eleições democráticas, para levar ao poder um governo viável que goze da confiança do povo e, então, iniciar negociações com eles sobre um tratado de paz”.
Segundo Putin, com a continuidade de Zelensky no poder, "qualquer acordo assinado com o atual governo ucraniano poderá ser contestado por seus sucessores".
Nesta quinta-feira (27), o ditador alegou que estava "disposto" a trabalhar com todas as partes interessadas na resolução do conflito na Ucrânia, incluindo a Europa, apesar de ter reiterado críticas ao continente.
“Estamos prontos para trabalhar com a Europa, mas eles simplesmente se comportam de forma inconsistente, tentando constantemente nos fazer de bobos”, afirmou Putin.
Ainda segundo o líder do Kremlin, Moscou é "a favor da solução de todos os problemas por meios pacíficos”, no entanto ele acrescentou que "precisa garantir a segurança histórica de longo prazo da Rússia”.




