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O ditador russo, Vladimir Putin, anunciou uma breve "trégua de Páscoa" na guerra na Ucrânia, afirmando que "todas as hostilidades" serão interrompidas das 18 horas (horário de Moscou, 12h em Brasília) deste sábado (19) até o fim do domingo (20).
"Ordenei que todas as ações militares sejam pausadas neste período. Presumimos que o lado ucraniano seguirá nosso exemplo", declarou Putin, alertando, porém, o chefe do Estado-Maior da Rússia, Valery Gerasimov, a preparar tropas russas para repelir quaisquer violações da trégua por Kiev.
Putin disse, ainda, que a trégua seria uma forma de medir até que ponto a Ucrânia está "sinceramente disposta e preparada para respeitar os acordos" de paz em negociação nos últimos meses.
Pouco depois da divulgação da ordem de Putin pelo Kremlin, o ministério de Defesa da Rússia emitiu um comunicado dizendo que suas forças observarão o cessar-fogo da Páscoa "desde que seja mutuamente observado pelo regime de Kiev".
Em uma postagem no X, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que logo após o anúncio de Putin, às 17h15 (horário local), drones de ataque russos foram detectados no céu da Ucrânia. "A defesa aérea e a aviação ucranianas já começaram a trabalhar para nos proteger. Drones Shahed em nossos céus revelam a verdadeira atitude de Putin em relação à Páscoa e à vida humana", escreveu.
O anúncio de Putin ocorre um dia depois de o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, declarar que Donald Trump interromperá seus esforços pelo fim da guerra na Ucrânia se não houver progresso nas negociações entre Moscou e Kiev "em questão de dias".
Uma trégua temporária de 30 dias proposta pelos EUA foi aceita pela Ucrânia, mas rejeitada pela Rússia. Em março, Trump conseguiu que Putin se comprometesse com um cessar-fogo de 30 dias nos ataques a infraestruturas de energia e uma pausa nos confrontos no Mar Negro, acordos que não saíram do papel.
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