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O ditador da Rússia, Vladimir Putin, voltou a colocar a ameaça nuclear no centro do conflito com a Ucrânia ao afirmar neste domingo (4) que espera “não ser necessário” recorrer ao armamento atômico, apesar de garantir que seu país tem “capacidade total para encerrar a guerra nos seus próprios termos”. A fala foi transmitida em um trecho de entrevista divulgado pela mídia estatal russa.
Putin respondeu a questionamentos sobre os recentes ataques ucranianos em território russo, mas reafirmou que, por ora, “não vê necessidade de usar ogivas nucleares”. Ainda assim, reforçou o poderio militar e nuclear de Moscou ao declarar que “temos força e meios suficientes para levar o que começou em 2022 (a invasão à Ucrânia) a uma conclusão lógica com o resultado que a Rússia requer”.
A nova declaração vem em um momento delicado, menos de seis meses após o Kremlin flexibilizar oficialmente, em novembro de 2024, os critérios que autorizam o uso de seu arsenal nuclear — o maior do planeta. Com a mudança, a doutrina russa passou a admitir o uso de armas nucleares em resposta até mesmo a ataques convencionais.







