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O ditador da Rússia, Vladimir Putin, e seu homólogo da China, Xi Jinping, anunciaram nesta quinta-feira (8) o fortalecimento das relações bilaterais.
A conferência, que ocorreu no Kremlin, também incluiu a assinatura de um novo acordo de promoção e proteção de investimentos.
Putin enfatizou em seu pronunciamento que ambos os países têm posições semelhantes ou "muito próximas" em praticamente todas as questões internacionais, como, por exemplo, quando se trata de reforçar o militarismo.
“Ambos os países buscam uma política externa independente e autônoma, focada no desenvolvimento de uma ordem multipolar mais justa e democrática”, afirmou o ditador russo.
As relações russo-chinesas "estão no seu melhor momento na história. São autossuficientes e não dependem de fatores políticos internos ou da atual situação internacional", acrescentou.
Além disso, destacou que o sistema de negociações comerciais criado pela Rússia e pela China garante sua proteção contra a influência de terceiros países, fazendo com que a maioria das transações econômicas sejam realizadas em moedas nacionais, referindo-se ao rublo e ao yuan.
O líder russo disse ainda que o consórcio de gás Gazprom sempre atende às necessidades da economia chinesa, mesmo que a demanda de gás exceda os volumes incluídos nos contratos bilaterais. Por fim, houve um aumento crescente na presença de fabricantes de automóveis e empresas de microeletrônica do gigante asiático na Rússia.
Por sua vez, o ditador Xi se manifestou a favor do fortalecimento da cooperação estratégica e política entre as duas potências, inclusive em organizações internacionais como a ONU e o Brics.
Em sua opinião, Moscou e Pequim deveriam defender o multilateralismo como uma resposta às medidas unilaterais de países.
Xi foi recebido nesta quinta-feira no Grande Palácio do Kremlin por Putin, com quem acompanhará o desfile militar desta sexta-feira (9), que marca o 80º aniversário do Dia da Vitória na Europa.