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Vladimir Putin, presidente da Rússia, sancionou aumento da idade mínima para a aposentadoria nesta quarta-feira (3) | DMITRI LOVETSKY/AFP
Vladimir Putin, presidente da Rússia, sancionou aumento da idade mínima para a aposentadoria nesta quarta-feira (3)| Foto: DMITRI LOVETSKY/AFP

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou um projeto contencioso que eleva as idades de elegibilidade para as aposentadorias do Estado em cinco anos. O Kremlin informou, nesta quarta-feira (3), que Putin sancionou a lei, já aprovada pelas duas casas do Parlamento.

A legislação que eleva a idade de aposentadoria para 65 anos para homens e 60 anos para mulheres enfureceu os russos de todo o espectro político, provocando protestos em todo o país. 

Os russos mais velhos temem que eles não vivam tempo suficiente para receber benefícios, enquanto as gerações mais jovens estão preocupadas que a medida limite suas próprias oportunidades de emprego. Na Rússia, a expectativa de vida dos homens é de 66 anos e das mulheres, 77, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Putin defendeu a medida, argumentando que a elevação da idade é necessária porque o aumento da expectativa de vida na Rússia poderia esgotar os recursos de aposentadoria do país se a idade de elegibilidade continuar a mesma.

Nesta quarta-feira, o Conselho Federal – o Senado russo – havia aprovado o projeto com uma larga margem: 149 membros votaram a favor, cinco contra e três abstiveram-se. Alguns dias antes, a Duma Federal – equivalente à Câmara dos Deputados – também votou a favor da reforma.

Mudanças no sistema previdenciário da Rússia eram uma necessidade apontada há anos por especialistas, que citavam uma combinação de fatores, incluindo aumento da expectativa de vida, a força de trabalho e as previsões orçamentárias de longo prazo, para defender seu posicionamento. Putin adiou a reforma o quanto pode e apresentou o projeto um mês depois de ser eleito para seu quarto mandato como presidente. As discussões na Duma Federal começaram no dia de abertura da Copa do Mundo da Rússia.

Depois disso, Putin viu seus índices de aprovação caírem para os piores níveis desde a explosão do sentimento patriótico em torno da anexação da Crimeia, em 2014. A confiança no presidente caiu abaixo de 38% nas duas primeiras semanas de julho, o nível mais baixo desde dezembro de 2011, segundo a estatal VTsIOM.

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