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A Coréia do Norte alertou a Coréia do Sul nesta quarta-feira para que não se una às sanções apoiadas pelos EUA contra Pyongyang e disse que tomará medidas se Seul prosseguir com tais atos.

A participação da Coréia do Sul nas sanções seria vista como grave provocação, levando a uma "crise de guerra" na península coreana, afirmou uma autoridade norte-coreana, segundo a agência oficial KCNA.

Em setembro, a Coréia do Norte emitiu um alerta semelhante, antes de conduzir um teste nuclear que levou o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) a impor sanções financeiras e de armas contra o país.

Nesta quarta, feira, autoridades da Coréia do Sul disseram que a principal autoridade do país para a Coréia do Norte ofereceu sua renúncia , após receber críticas por sua atuação.

Desde a divisão da Península Coreana em um norte comunista e um sul capitalista no fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, a Coréia do Norte só teve dois líderes: Kim Il-sung (até 1994) e seu filho, Kim Jong-il. O recluso país se fechou ao resto do mundo e, apesar de ser um dos mais pobres da Ásia, mantém uma das máquinas militares mais poderosas do planeta, com a qual ameaça a vizinha Coréia do Sul, adversária em um sangrento conflito na década de 1950, em um mundo que vivia o auge da divisão entre comunismo (bloco liderado pela União Soviética) e capitalismo (ao comando dos EUA).

A fronteira entre os dois países é considerada a mais militarizada do mundo e o último limite territorial da Guerra Fria. Apenas em 2000 o degelo nas relações começou com um inédito encontro dos líderes dos dois países.

Nos anos 90, a Coréia do Norte entrou na lista de suspeitos de estar desenvolvendo um programa nuclear secreto. Em 2002, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, incluiu o país no chamado "eixo do mal", junto com o Irã e o Iraque de Saddam Hussein - países que estariam buscando desenvolver arsenais proibidos e que apoiariam o terror internacional.

Recentemente, o governo de Pyongyang admitiu possuir armas nucleares e reafirma com freqüência seu direito a tais armamentos. O regime comunista já fez um teste para mostrar o seu poderia e ameaça realizar um novo.

Hyun-Joon Chon, diretor e pesquisador sênior do Instituto Coreano para Unificação Nacional (KINU, na sigla em inglês), um dos maiores especialistas em Coréia do Norte do país, diz que, do fim da Guerra Fria para cá, os sul-coreanos ficaram mais objetivos e mais bem informados sobre a real situação militar e econômica da Coréia do Norte. Ele defende uma tese polêmica, divulgada com certa freqüência nos editoriais dos jornais mais influentes - e conservadores - da Coréia do Sul, como o "Chosun Ilbo".

- Kim Jong-il está buscando segurança com o teste nuclear. Ele quer garantir suporte econômico porque sabe que o país vai entrar em colapso a médio prazo, coisa de cinco anos. Ele só está onde está hoje porque a elite que o apóia tem a exata noção de que vai cair junto caso o regime desmorone - diz ele.

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