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Oriente Médio

Quase metade dos palestinos em Gaza quer deixar o território com ajuda de Israel, revela pesquisa

Campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza (Foto: EFE/EPA/HAITHAM IMAD)

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Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (6) pelo Centro Palestino de Pesquisa de Políticas e Pesquisas (PCPSR), com sede em Ramallah, na Cisjordânia, revelou que quase metade dos palestinos na Faixa de Gaza estaria disposta a solicitar ajuda de Israel para deixar o território. Segundo o levantamento, 49% dos entrevistados em Gaza disseram que aceitariam pedir apoio a Israel para emigrar, enquanto 50% afirmaram que não o fariam.

A pesquisa, realizada entre os dias 1º e 4 de maio, destacou ainda que o apoio aos protestos contra o grupo terrorista Hamas é significativamente maior em Gaza do que na Cisjordânia. Enquanto 48% dos moradores de Gaza apoiam as manifestações contra o grupo que controla o território desde 2007, apenas 14% dos palestinos na Cisjordânia manifestaram o mesmo apoio.

A pesquisa revelou que, pela primeira vez desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em outubro de 2023, mais palestinos em Gaza acreditam que Israel sairá vitorioso do conflito (29%) do que aqueles que esperam uma vitória do Hamas (23%). A maioria, no entanto, ainda prevê que a guerra terminará em um impasse.

Além disso, 56% dos entrevistados em Gaza afirmaram que não deixariam o território após a guerra, mesmo com a proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de transformar Gaza em uma riviera do Oriente Médio. Outros 43% disseram que estariam dispostos a emigrar caso o plano fosse implementado.

O levantamento também apontou que 87% dos palestinos negam que o Hamas tenha cometido "as atrocidades vistas nos vídeos exibidos pela mídia internacional", como o assassinato de civis israelenses em suas casas. Apenas 9% dos entrevistados acreditam que o grupo terrorista cometeu esses atos.

A pesquisa do PCPSR foi realizada com 1.270 entrevistados, com margem de erro de 3,5%, e foi financiada por doadores ocidentais, incluindo governos europeus.

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