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Saiba mais sobre o acidente aéreo na Rússia
Moscou - Um Boeing-737 caiu perto dos Montes Urais, oeste da Rússia, na madrugada de domingo, matando todas as 88 pessoas a bordo. O avião teria pegado fogo ainda no ar, de acordo com testemunhas.
A aeronave, da companhia Aeroflot, vinha da capital, Moscou, e aterrissaria em Perm. Os destroços chegaram a interromper a ferrovia Transiberiana. Por esse motivo, o tráfego de trens por esta via (que liga Moscou a Vladivostok ao longo de mais de 9 mil quilômetros) foi interrompido entre Perm e Yekaterimburgo.
"Estava queimando ainda no ar e parecia um cometa caindo", disse uma testemunha em depoimento à emissora de televisão russa Vesti-24. O avião quase atingiu uma área residencial nas redondezas.
A companhia informou que, entre as vítimas, estavam sete crianças, nove pessoas do Azerbaijão, cinco da Ucrânia, uma da França, uma da Alemanha, uma da Itália, uma da Letônia, uma da Suíça e uma da Turquia. Um passageiro seria norte-americano, mas, até a noite de ontem, a informação não havia sido confirmada. Outra vítima foi o general Gennady Troshev, ex-comandante da guerra russa na Chechênia e conselheiro do ex-presidente Vladimir Putin.
"Conforme o avião vinha para o pouso, perdeu comunicação à altura de 1.100 metros e os controladores aéreos perderam seu sinal", relatou a Aeroflot em comunicado. "A aeronave foi encontrada nos limites da cidade de Perm, completamente destruído e em chamas."
Funcionários disseram que os destroços se espalharam por quatro quilômetros quadrados. O ministro russo dos Transportes, Igor Levitin, descartou a hipótese de atentado na tragédia. "Os especialistas em explosivos e dos serviços especiais que trabalharam no local do acidente, não encontraram nenhuma prova que indique que foi um atentado", disse.
Os primeiros elementos da investigação indicam que o acidente pode ter sido provocado por uma falha mecânica, que teria provocado um incêndio a bordo. As duas caixas-pretas do avião foram localizadas e estão sendo analisadas.
O porta-voz da Aeroflot, Lev Koshliakov, afirmou à imprensa que o avião passou por uma "inspeção técnica completa" neste ano e foi considerado em "condições adequadas". A companhia anunciou o pagamento de uma compensação de mais de 2 milhões de rublos (55 mil euros) para cada uma das vítimas.
