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Voluntário move destroço do Tupolev que caiu:  fuselagem e pertences foram espalhados em um raio de centenas de metros ao redor da enorme cratera | Morteza Nikoubazl/Reuters
Voluntário move destroço do Tupolev que caiu: fuselagem e pertences foram espalhados em um raio de centenas de metros ao redor da enorme cratera| Foto: Morteza Nikoubazl/Reuters

Submarinos retomarão buscas

Paris - Submarinos franceses vão retomar, na próxima semana, as buscas pelas caixas pretas do avião da Air France que caiu no Oceano Atlântico no mês passado. Equipes de busca enviadas ao local depois do acidente de 1º de junho do voo AF 447 interromperam a procura pelos sinais emitidos pelas caixas-pretas, que devem enviá-los por pelo menos 30 dias.

A partir da próxima semana, os submarinos franceses vão tentar localizar as caixas, numa segunda fase das buscas que deve se estender por cerca de um mês, segundo um comunicado do BEA, o birô francês de lidera a investigação do acidente.

O navio de pesquisa "Pourquoi Pas" ("por que não", em francês) e sua tripulação vão usar duas sondas submarinas, um minissubmarino e um robô para procurar os artefatos com os dados, que estão envoltos numa caixa de metal laranja para protegê-los e torná-los visíveis.

Agência Estado

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Teerã - Um avião iraniano com 168 pessoas a bordo caiu ontem poucos minutos depois de decolar de Teerã em direção a Ierevan, capital da vizinha Armênia. Morreram todos os 153 passageiros e 15 tripulantes do Tupolev Tu-154M, de fabricação soviética, da Caspian Airlines.

Segundo relatos de testemunhas, o avião estava com a cauda em chamas e voando em círculos antes de mergulhar de bico num descampado em vilarejo próximo à cidade de Qazvin (200 km a noroeste de Teerã).

As causas da queda do Tupolev ainda não são conhecidas, mas, de acordo com o vice-governador da província de Qazvin, Sirous Saberi, o piloto do avião chegou a informar a torre de controle de que havia um problema técnico e solicitou permissão para realizar uma aterrissagem de emergência.

Ao atingir o solo, o avião explodiu, reduzindo-se a pedaços de corpos, fuselagem e pertences espalhados em um raio de centenas de metros ao redor de enorme cratera. Há relato ainda de que uma das turbinas do avião pegou fogo antes de cair.

Segundo o porta-voz do órgão de aviação civil do Irã, Reza Jafarzadeh, o avião da Caspian Airlines caiu às 11h30 (4h30 de Brasília), apenas 16 minutos após decolar do aeroporto Imã Khomeini. Das 168 pessoas a bordo, 160 eram iranianas, seis, armênias, e duas, georgianas.

O acidente é o terceiro de grandes proporções no mundo desde junho. No dia 1º do mês passado, um Airbus A330 da Air France que ia do Rio de Janeiro para Paris caiu no oceano Atlântico com 228 a bordo. No dia 30, um Airbus A310-300 da Yemenia caiu nas ilhas Comores, no Índico, com 152 a bordo.

No Irã, o acidente é o mais grave desde 2003, quando um Ilyushin, de fabricação russa, que transportava membros da Guarda Revolucionária, a organização militar iraniana de elite, caiu matando 302 pessoas.

O sistema de aviação civil do Irã é frequentemente questionado por autoridades internacionais da área pela dificuldade que as companhias aéreas do país têm para renovar suas frotas em virtude das sanções econômicas impostas ao regime islâmico, principalmente pelos Estados Unidos, nas últimas décadas.

O Tupolev acidentado havia sido fabricado em 1986 e vendido à Caspian Airlines – uma companhia russo-iraniana fundada em 1992 – há 11 anos.

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