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O ex-presidente Akbar Hashemi Rafsanjani, rival do presidente Mahmoud Ahmadinejad, disse no sábado (4) que os eventos pós-eleição causaram ressentimentos, mas negou que haja uma disputa de poder no Estado islâmico.

"Eu acho que (ninguém com uma) consciência vigilante está satisfeito com a situação atual", ele disse à agência de notícias Ilna durante um encontro com as famílias de alguns dos detidos após as eleições de 12 de junho.

Os comentários dele são aparentemente uma crítica velada às autoridades que administraram as eleições e à turbulência posterior gerada por protestos de simpatizantes do candidato derrotado Mirhossein Mousavi, que apontou fraude nas eleições.

O clérigo, de 75 anos, apoiou a campanha de Mousavi à presidência e foi duramente criticado por Ahmadinejad na televisão durante a campanha eleitoral.

"Eu espero que, com uma boa administração e sabedoria, os assuntos vão ser resolvidos nos próximos dias. A situação pode melhorar... Nós deveríamos pensar em proteger os interesses de longo prazo do sistema", disse Rafsanjani.

A agência de notícias Mehr também divulgou os comentários. Alguns analistas consideram Rafsanjani uma figura influente desde a fundação da República Islâmica, há três décadas, e como um possível mediador nos esforços para resolver as disputas sobre os resultados do pleito.

As eleições e os protestos subsequentes expuseram as divisões políticas no alto escalão do governo Irã, segundo analistas. Líderes reformistas, incluindo autoridades de governos anteriores, foram detidos após a votação.

"Difundir a ideia de disputas de poder no alto escalão do poder é propaganda enganosa", disse Rafsanjani.

Embora elogiando o alto índice de comparecimento às urnas, ele disse que o "o que ocorreu depois causou ressentimentos" entre os iranianos.

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