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A Rainha Elizabeth recebendo a premiê Liz Truss, na Escócia, em 6 de setembro de 2022.
A Rainha Elizabeth recebendo a premiê Liz Truss, na Escócia, em 6 de setembro de 2022.| Foto: EFE/EPA/Andrew Milligan

Elizabeth Alexandra Mary, oficialmente Elizabeth II, a monarca com o reinado mais longo da história britânica, morreu aos 96 anos, nesta quinta-feira (8), na Escócia. O filho mais velho dela, Charles, até então Duque de Gales, se transforma imediatamente em rei.

Em comunicado oficial, o rei Charles anunciou que é "um dos dias mais tristes para ele e a família" e que "lamenta profundamente a passagem da estimada rainha e mãe muito amada".

A rainha Elizabeth nasceu em 21 de abril de 1926, em Londres, Inglaterra. Tornou-se rainha da Grã-Bretanha, da Irlanda do Norte e Commonwealth em 6 de fevereiro de 1952.

Elizabeth era a filha mais velha do príncipe Albert, duque de York, e sua esposa, Lady Elizabeth Bowes-Lyon. Como filha de um filho mais novo do rei George V, a jovem Elizabeth tinha poucas perspectivas de ascender ao trono até que seu tio, Edward VIII (depois duque de Windsor), abdicou, tornando o pai de Elizabeth o rei George VI, e ela, herdeira presuntiva.

A educação dela, enquanto princesa, foi supervisionada por sua mãe, que contratou uma governanta, Marion Crawford; Elizabeth também teve aulas especiais de história, música e idiomas. Durante a Segunda Guerra Mundial, Elizabeth e sua irmã, a princesa Margaret Rose, passaram a maior parte do tempo em segurança no Castelo de Balmoral, na Escócia.

Em 1947, foi anunciado o casamento de Elizabeth com um primo distante, o tenente Philip Mountbatten, da Marinha Real, ex-príncipe Philip da Grécia e Dinamarca. O casamento ocorreu na Abadia de Westminster em 20 de novembro de 1947. Na véspera do casamento, seu pai, George VI, conferiu ao noivo os títulos de duque de Edimburgo, conde de Merioneth e barão de Greenwich. Eles passaram a residir na Clarence House, em Londres. O primeiro filho, agora rei Charles (Charles Philip Arthur George), nasceu em 14 de novembro de 1948, no Palácio de Buckingham.

Em 1951, o rei George VI adoeceu. Em 1952, durante viagens em que Elizabeth já era representante do reinado, soube da morte do pai e se tornou, automaticamente, rainha.

Com a ascensão da rainha Elizabeth, seu filho, então príncipe Charles, tornou-se herdeiro aparente; ele foi nomeado príncipe de Gales em 26 de julho de 1958. Outros filhos de Elizabeth são a princesa Anne (Anne Elizabeth Alice Louise), nascida em 15 de agosto de 1950 e criada como princesa real em 1987; Príncipe Andrew (Andrew Albert Christian Edward), nascido em 19 de fevereiro de 1960, e criado duque de York em 1986; e Príncipe Edward (Edward Anthony Richard Louis), nascido em 10 de março de 1964, e criado conde de Wessex e Visconde Severn em 1999. Todas essas crianças têm o sobrenome “de Windsor”, mas em 1960 Elizabeth decidiu criar o nome hifenizado Mountbatten-Windsor para outros descendentes não denominados príncipe ou princesa e alteza real. O primeiro neto de Elizabeth (filho da princesa Anne) nasceu em 15 de novembro de 1977.

Na década de 1990, no entanto, a família real enfrentou uma série de desafios. Em 1992, o príncipe Charles e sua esposa, Diana, princesa de Gales, se separaram, assim como o príncipe Andrew e sua esposa, Sarah, duquesa de York. Além disso, Anne se divorciou e um incêndio destruiu a residência real do Castelo de Windsor. Além disso, enquanto o país lutava contra uma recessão, o ressentimento sobre o estilo de vida da realeza aumentou e, em 1992, Elizabeth concordou em pagar impostos sobre sua renda privada.

A separação e o divórcio de Charles e da imensamente popular Diana, em 1996, corroeu ainda mais o apoio à família real, que era vista por alguns como antiquada e insensível. As críticas se intensificaram após a morte de Diana em 1997, especialmente depois que Elizabeth se recusou a permitir que a bandeira nacional fosse hasteada a meio mastro sobre o Palácio de Buckingham. De acordo com suas tentativas anteriores de modernizar a monarquia, a rainha posteriormente procurou apresentar uma imagem menos abafada e menos tradicional da monarquia.

Problemas de saúde

A rainha Elizabeth continuou a realizar uma grande quantidade de compromissos até os noventa anos. Ela foi forçada, no entanto, a reduzir a agenda neste ano, devido a problemas de mobilidade.

Nos últimos anos, a monarca sofreu alguns episódios relacionados à saúde. Em 2003, ela foi operada nos joelhos. Dez anos depois, foi hospitalizada devido a uma gastroenterite.

Em outubro do ano passado, a rainha foi internada para “investigações preliminares”, conforme disse o palácio na época.

Em fevereiro deste ano, Elizabeth contraiu Covid-19 e sofreu sintomas leves de resfriado, mas continuou com deveres leves. Desde que teve a doença, a rainha foi forçada a cancelar ou reduzir com mais regularidade alguns eventos. Por isso, Elizabeth não compareceu a todas as celebrações do Jubileu de Platina de junho – marcando seus 70 anos no trono – e perdeu a abertura estadual do Parlamento no mês anterior devido a problemas de mobilidade.

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