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Polêmica

Ramos-Horta exige nova apuração de votos na eleição no Timor-Leste

O primeiro-ministro do Timor-Leste, José Ramos-Horta, um dos dois candidatos que disputarão o segundo turno das eleições presidenciais, exigiu nesta quinta-feira uma nova apuração dos votos e pediu à ONU que explique a razão pela qual 30% do eleitorado não compareceu às urnas.

- As Nações Unidas devem explicar por que 30% dos eleitores não votaram no primeiro turno e exijo uma apuração - disse Ramos Horta, que estendeu sua reivindicação à Comissão Eleitoral Nacional.

O premier expressou também seu desconcerto pela dimensão dessa porcentagem, que abrange mais de 150 mil pessoas entre as 520 mil que estavam registradas para votar.

- Estavam intimidadas ou simplesmente não apareceram. Deve haver uma investigação. Peço à ONU uma explicação, pois é muito desconcertante - afirmou o Prêmio Nobel da Paz de 1996.

Ramos Horta ficou na segunda posição nas presidenciais, após Francisco Guterres, do partido governante Fretilin, e ambos deverão concorrer em segundo turno.

Segundos os resultados provisórios, Guterres obteve 28,79% dos votos, enquanto o primeiro-ministro alcançou 21,62%.

Ramos Horta se soma assim aos cinco candidatos que na quarta-feira pediram uma nova apuração e denunciaram irregularidades e coações aos eleitores.

Os candidatos, liderados por Fernando de Araujo, o terceiro mais votado, anunciaram que levarão o caso ao Tribunal de Apelações e ameaçaram em não reconhecer os resultados.

O segundo turno está previsto para 8 de maio, enquanto as eleições legislativas, que definirão o nome do novo primeiro-ministro, devem acontecer no dia 30 de junho.

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