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"As boas relações seriam vantajosas para ambas as partes. Talvez não resolvamos todos os nossos problemas, mas poderíamos resolver boa parte deles", ressalta Castro | Claudia Daut / Reuters
"As boas relações seriam vantajosas para ambas as partes. Talvez não resolvamos todos os nossos problemas, mas poderíamos resolver boa parte deles", ressalta Castro| Foto: Claudia Daut / Reuters

O presidente de Cuba, Raúl Castro, estaria disposto a se reunir com o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, "em um lugar neutro", que poderia ser a base americana de Guantánamo.

Em entrevista concedida ao ator norte-americano Sean Penn, que será publicada pela revista The Nation em dezembro, Castro revelou que aceitaria um convite de Obama para um encontro.

O diálogo ocorreu em outubro, antes da vitória do democrata nas eleições de 4 de novembro, e foi intermediado pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

"Poderíamos nos encontrar talvez em Guantánamo. Precisamos nos encontrar e começar a resolver nossos problemas", afirmou Castro.

O presidente cubano completou a resposta de maneira bem humorada. "Ao fim do encontro, poderíamos dar a ele [Obama] um presente. Permitiríamos que voltasse para a casa com a bandeira [norte-americana] que tremula sobre a baía de Guantánamo", disse.

Para Castro, Cuba e Estados Unidos precisam se respeitar "mutuamente". "As boas relações seriam vantajosas para ambas as partes. Talvez não resolvamos todos os nossos problemas, mas poderíamos resolver boa parte deles", acrescentou.

Questionado sobre se iria a Washington a convite de Obama, o presidente afirmou que precisaria antes discutir a viagem com as lideranças políticas cubanas, mas reforçou a preferência por um lugar neutro.

"Não acho que seria justo eu fazer a visita primeiro, porque são sempre os presidentes latino-americanos que precisam ir antes aos Estados Unidos", explicou. "Mas também seria injusto esperar que o presidente dos Estados Unidos venha a Cuba. Deveríamos nos reunir em um lugar neutro."

Castro contou a Penn sobre as reuniões entre militares cubanos e norte-americanos que ocorrem desde 1994, "a cada terceira sexta-feira do mês" em Guantánamo. "Desde então, já aconteceram 157 encontros, e cada um deles está gravado", comentou o irmão e sucessor de Fidel Castro. As informações são da Ansa.

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