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Cuba

Raúl Castro deixará a presidência em 2018

Em discurso, líder disse cumprir seu último mandato como ditador cubano. Fidel Castro participou da formação da nova Assembleia Nacional

Após brincar sobre aposentadoria, Raúl Castro foi reeleito presidente de Cuba por mais cinco anos | Marcelino Vazquez/Reuters
Após brincar sobre aposentadoria, Raúl Castro foi reeleito presidente de Cuba por mais cinco anos (Foto: Marcelino Vazquez/Reuters)
Fidel, em rara aparição |

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Fidel, em rara aparição

O general Raúl Castro, 81, anunciou ontem que este será seu último mandato como presidente de Cuba. O anúncio foi feito em um discurso ao novo Parlamento do país, pouco após ter confirmado o segundo mandato, com duração de cinco anos.

Com isso, Raúl deve entregar o poder a um sucessor em 2018.

Conforme a imprensa oficial cubana, a decisão está de acordo com a intenção de Raúl de limitar os cargos políticos a um máximo de dez anos.

Na última sexta-feira, Raúl brincou sobre uma possível aposentadoria durante encontro com o primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, em Havana. "Vou renunciar. Vou completar 82 anos, tenho direito de me aposentar. Vocês não acreditam?", disse, rindo.

Também ontem foi escolhido o novo "número dois" do regime, o vice do Conselho de Estado, Miguel Diaz-Canel, que fará 53 anos em abril que vem. O político é engenheiro elétrico de formação, ex-ministro da Educação e herdeiro político do presidente, com vistas a projetar o único regime comunista das Américas para o futuro. Ele é a mais alta autoridade do governo que não teve participação direta na Revolução Cubana de 1959.

Entre outras decisões tomadas ontem, Estebán Lazo, que antes atuava como vice-presidente de Raúl Castro, foi escolhido para presidir a Assembleia Nacional (parlamento cubano), informou a agência de notícias Prensa Latina. Aos 69 anos, Lazo sucede Ricardo Alarcón, que estava no cargo desde 1993.

Também foram reeleitas Ana María Mari Machado para a vice-presidência e Mi­riam Brito para a secretaria do Parlamento Cubano, de acordo com a agência cubana. Amarilys Pérez, que preside a Comissão Nacional de Candidaturas, afirmou em entrevista concedida ao jornal Juventud Rebelde que a eleição deste domingo visava a um projeto que garanta a "continuidade da revolução, de nosso sistema socialista, a vontade da maioria dos cubanos."

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