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Os rebeldes pró-russos denunciaram nesta quarta-feira (4) o fuzilamento por parte da Guarda Nacional da Ucrânia dos milicianos feridos que estavam internados no hospital de Krasni Liman, cidade próxima a Slaviansk e que foi retomada durante a madrugada pelas forças ucranianas após combates urbanos violentos.

"Deixamos Krasni Liman e o hospital dessa cidade, no qual estavam os feridos. A Guarda Nacional fuzilou todos os feridos sem deixar uma única pessoa com vida", denunciou Alexander Borodai, primeiro-ministro da chamada República Popular de Donetsk, que proclamou sua independência da Ucrânia.

Borodai, citado pela imprensa ucraniana, não detalhou o número de feridos.

As forças governamentais tomaram o controle total dessa cidade de 23 mil habitantes e, com isso, apertaram o cerco sobre Slaviansk, principal foco de resistência da rebelião pró-russa e onde os combates prosseguem por vários dias.

O exercito ucraniano, que começou ontem uma grande ofensiva contra Slaviansk com apoio de aviões, helicópteros e carros blindados, continuou a investir nesta madrugada contra os rebeldes entrincheirados nessa cidade com fogo de artilharia.

Os milicianos denunciaram hoje novos ataques aéreos da aviação ucraniana sobre a cidade de Semionovka, anexa a Slaviansk.

Os combates de ontem nos arredores da cidade, cercada pelas forças de Kiev, terminaram com pelo menos dois soldados ucranianos mortos e outros 40 feridos, segundo Vladislav Selezniov, porta-voz da operação antiterrorista lançada pelo governo de Kiev contra os insurgentes.

Os rebeldes reconheceram sete baixas e dez feridos entre os seus combatentes e afirmaram que vivem "uma situação muito difícil" para continuar resistindo.

O presidente interino da Ucrânia, Alexander Turchinov, encarregou ao Conselho de Segurança e Defesa do país, estudar a declaração imediata da lei marcial nas regiões de Donetsk e Lugansk, locais em que acontecem operações contra os insurgentes pró-russos.

Após quase dois meses desde o início das operações militares, as forças governamentais não conseguiram vencer a resistência dos rebeldes e os mortos já chegam a 181, sem contar as baixas dos dois últimas dias.

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