Grupos de rebeldes sírios divergiram nesta quinta-feira (25) sobre a aplicação de um cessar-fogo durante o feriado de Eid al Adha, que começa na sexta-feira (26). Mais cedo, o regime de Bashar Assad aceitou a trégua, proposta pelo mediador da ONU, Lakhdar Brahimi. Em nota, o comando do Exército Livre Sírio, a principal milícia da oposição, disse que vai honrar a medida, mas que responderá a ataques de forças leais ao ditador caso estes aconteçam.
O grupo armado disse também que protegerá as manifestações de opositores e criticou a falta de supervisão internacional para vigiar o cumprimento da trégua.Por outro lado, o grupo islâmico Ansar al Islam, que também atua no combate ao ditador sírio, disse que não se comprometerá com o fim dos combates por duvidar que o governo vá cumprir a medida.Mais cedo, o regime sírio mostrou o mesmo ceticismo dos rebeldes, concordando com o cessar-fogo, mas ameaçando responder em caso de ataques dos opositores.
Trégua
Em princípio, a trégua nas ações militares durará até segunda-feira. A intenção de Brahimi, enviado especial da ONU (Organização das Nações Unidas), é que o cessar-fogo prossiga após o feriado."Se essa iniciativa der certo, esperamos que possamos fazer um cessar-fogo mais longo e efetivo e isso faz parte de um longo processo político".
A proposta foi feita no último fim de semana ao regime e aos rebeldes. Dias depois, foi discutida com países vizinhos, como Irã, Turquia, Egito e Arábia Saudita, que respaldaram o fim temporário dos combates.
Desde o início dos enfrentamentos, em março de 2011, cerca de 30 mil pessoas morreram na Síria, segundo a ONU, e outras 2,5 milhões se deslocaram dentro do país para áreas menos conflagradas.
