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Guerra civil

Rebeldes escavam túneis e explodem hotel em Aleppo

Edifício seria usado pelo Exército da Síria. Rebeldes alegam que atentado matou pelo menos 50 militares

Forças leais ao presidente da Síria, Bashar al Assad, buscam sobreviventes sob os escombros do hotel Carlton, em Aleppo | REUTERS / George Ourfalian
Forças leais ao presidente da Síria, Bashar al Assad, buscam sobreviventes sob os escombros do hotel Carlton, em Aleppo (Foto: REUTERS / George Ourfalian)

Rebeldes sírios explodiram na manhã desta quinta-feira (8) o hotel Carlton na cidade de Aleppo, no norte do país. A informação foi confirmada pela TV estatal e pelo Observatório Sírio pelos Direitos Humanos.

O edifício histórico, de 150 anos, estaria sendo usado como base pelo Exército da Síria. A construção foi destruída, e houve também dano a edificações próximas.Os explosivos foram detonados em um túnel abaixo do hotel, localizado em local próximo à cidadela antiga de Aleppo, um importante centro urbano da Síria.

De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, os rebeldes responsáveis pelo ataque fazem parte da Frente Islâmica. A insurgência síria está, atualmente, dividida entre grupos seculares e facções islamitas. A Frente Islâmica divulgou vídeos da explosão.

De acordo com a rede de TV Al Jazeera, no vídeo, um homem que se identifica como Abu Issa caminha por um túnel "cavado pelos heróis da Frente Islâmica [grupo rebelde]". "Estamos finalizando os últimos detalhes, para termos 100% de certeza de que estamos sob o hotel Carlton", afirma. Ao final, vê-se a explosão.

Apesar de ativistas terem dito que houve mortos na explosão, ainda não há informações oficiais. Por meio do Twitter, a Frente Islâmica afirmou que são "pelo menos 50" militares.

O conflito civil na Síria foi iniciado em março de 2011, com manifestações pacíficas. A repressão do regime e a radicalização dos grupos rebeldes deu início a um violento confronto em que mais de 150 mil pessoas foram mortas.

Retirada

Na cidade de Homs, tida como bastião rebelde até pouco tempo atrás, continua nesta quinta (8) a retirada de rebeldes iniciada quarta (7), graças a um acordo negociado com a ONU nos últimos dois meses. Pelo menos 80% dos rebeldes já saíram, informou o governador da província, Talal al-Barazi.

"Pelo menos 980 pessoas, em sua grande maioria rebeldes e alguns civis, incluindo mulheres e crianças, saíram na quarta-feira em 24 ônibus", disse. "Ainda restam entre 300 e 400 pessoas na área antiga da cidade", disse.

Conhecida como a "capital da revolução", Homs foi a cidade do início da luta armada contra o regime do ditador sírio, Bashar al-Assad.

Terminada a retirada, Homs terá a presença de rebeldes apenas no bairro de Waer.

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