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Os combates se intensificaram na Síria neste sábado, com os rebeldes tentando tomar o prédio da rede de TV estatal em Aleppo e as forças do governo bombardeando um subúrbio de Damasco.

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, os rebeldes plantaram explosivos e tentaram invadir o prédio da TV estatal, mas bateram em retirada após bombardeios de caças e helicópteros do governo. A mídia estatal disse que o exército defendeu o local de "grupos terroristas mercenários".

Enquanto isso, o subúrbio de Tadamun, em Damasco, sofreu um dos mais intensos bombardeios desde que as tropas do governo lançaram uma ofensiva contra os rebeldes na capital, em julho, segundo o Observatório.

Os conflitos deixaram 13 mortos no país neste sábado. Na sexta-feira, morreram 46 civis, 19 rebeldes e 19 soldados. Rami Abdel Rahman, do Observatório, disse que julho foi o mês mais violento desde o início dos protestos contra o regime do presidente Bashar Assad, em março de 2011. Segundo Rahman, 4.239 pessoas, principalmente civis, foram mortas no mês passado, elevando o total dos quase 17 meses de confrontos para 21 mil.

Na sexta-feira, após a renúncia de Kofi Annan à chefia da missão especial da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Liga Árabe para mediar o conflito, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou que as potências mundiais devem deixar de lado suas rivalidades e colocar um fim à "guerra por procuração" em que se transformou a crise na Síria.

Além disso, a Assembleia Geral da ONU condenou o Conselho de Segurança por sua falta de ação. "Agora que a situação piorou, eles (o Conselho) devem novamente chegar a um entendimento", disse Ban Ki-moon.

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Susan Rice, disse que, "apesar da contínua oposição de uma minoria cada vez mais isolada, a grande maioria dos membros da ONU claramente está do lado do povo sírio". Ela se referia à Rússia e à China, que já tinham vetado três resoluções do Conselho de Segurança sobre a Síria.

O vice-embaixador da China na ONU, Wang Min, disse que pressionar apenas Damasco causaria uma escalada do conflito e deixaria a crise se espalhar para outros países da região. As informações são da Dow Jones.

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