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Reféns do Hamas
Shoshan Haran (à esquerda) tinha projeto humanitário que ajudou dezenas de milhares de produtores rurais africanos. Ditza Heiman (à direita) é viúva de um sobrevivente do Holocausto.| Foto: Reprodução/FairPlanet.ngo; Família Heiman

Por admissão própria, o grupo terrorista Hamas mantém como reféns cerca de 130 pessoas em “abrigos e túneis” na Faixa de Gaza, agora sob bombardeio. O número pode chegar a 150. Essas pessoas estão sendo usadas nas tratativas com Israel, que o grupo atacou desde o último sábado (7). A BBC confirmou as identidades de alguns dos reféns, que incluem 13 crianças e no mínimo seis idosos.

As reféns de idade mais avançada são Yaffa Adar, de 85 anos, e Ditza Heiman, de 84. Um vizinho viu Heiman sendo levada do kibbutz Nir Oz por homens armados com os uniformes do Hamas, segundo relato de uma sobrinha. Ela é viúva de um sobrevivente do Holocausto, Zvi Shdaimah, que foi para o Reino Unido quando criança graças a um programa de resgate em territórios ocupados pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Yaffa Adar foi avistada em um vídeo por sua neta Adva. Ela estava em um carrinho de golfe, cercada por terroristas armados, indo em direção a Gaza.

Outra senhora sequestrada é Channah Peri, de 79 anos, junto com seu filho Nadav Popplewell, de 51. Uma filha de Peri ouviu no telefone o momento em que os dois foram abduzidos. Ela recebeu uma foto dos dois entes queridos cercados por militantes.

Uma família inteira foi sequestrada do kibbutz Be’eri, no sul de Israel. Jordan Roman-Gat, mãe de 36 anos, sua filha de três anos Gefen e seu marido Alon conseguiram escapar do carro dos terroristas, mas Jordan se separou deles e desde então está desaparecida, talvez recapturada.

A família Haran não teve a mesma sorte de Gefen e Alon. A agrônoma Shoshan Haran, seu marido Avshal Haran, a filha Adi junto com o genro Tal Shoham e os netos Naveh e Yahel, estão todos desaparecidos desde que foram levados de seu lar no kibbutz Bari. A fonte é a ONG que Shoshan fundou, Fair Planet (“Planeta Justo”, em tradução livre). A ONG tem projetos de treinamento para 75 mil pequenos produtores rurais em mais de 2300 fazendas na Etiópia e na Tanzânia. O último sinal vindo do celular da filantropa veio de Gaza.

Também foi levada de Be’eri a família de Dror Or e sua esposa Yonat, ambos de 50 anos, e seus filhos Noam (15) e Alma (13). O irmão de Yonat, Ahal Besorai, trabalha como advogado no Reino Unido e ansiosamente assiste aos vídeos de propaganda do Hamas na esperança de ver indício de vida de algum de seus entes queridos. Ele também cresceu no kibbutz, no meio do deserto de Negev, a oito quilômetros da fronteira.

Entre os mais jovens, Shani Louk, tatuadora germano-israelense de 22 anos que foi declarada executada pelo Jerusalem Post por causa do estado de seu corpo em um vídeo em que foi exibida como troféu na carroceria de uma picape, foi declarada ainda viva, mas em estado crítico por um amigo da família. Contudo, não surgem novas informações há dois dias.

Liri Elbag, uma recruta do exército israelense de 18 anos que atuava como sentinela perto da fronteira com a Faixa de Gaza, foi vista pelo pai em um vídeo do Hamas, junto a muitos outros levados em um veículo dos extremistas. O americano Hersh Goldberg-Polin, de 23 anos, foi visto em estado similar ao de Shani, ferido e inconsciente em um veículo. Seu celular também acusou presença próxima à fronteira Israel-Gaza.

Dois brasileiros foram vítimas confirmadas do Hamas: Bruna Valeanu e Ranani Glazer, ambos de 24 anos. Eles estão entre as 260 vítimas do festival de música, atacadas no sábado. Outra brasileira presente, Karla Stelzer Mendes, de 41 anos, está desaparecida. O Itamaraty deu ao governo do Egito nesta quinta-feira (12) uma lista de 28 brasileiros que estavam tentando entrar no país pela fronteira com Gaza. Centenas de brasileiros já foram resgatados em dois voos, e um terceiro avião já saiu de Israel.

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