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O Conselho de Guardiães, que tem entre suas atribuições monitorar o processo eleitoral no Irã, insistiu nesta terça-feira (30) que a eleição presidencial do dia 12 no país está encerrada. O conselho confirmou a vitória em primeiro turno do atual presidente, Mahmoud Ahmadinejad. "O Conselho dos Guardiães anunciou sua decisão final sobre a eleição ontem, portanto o tema da eleição está encerrado", afirmou o porta-voz da entidade Abbasali Kadkhodai. "O Conselho dos Guardiães é a autoridade final sobre a eleição e nós anunciamos nossa decisão unanimemente".

Kadkhodai disse que os candidatos derrotados não têm nenhum outro meio para reclamar dos resultados. O conselho confirmou que Ahmadinejad venceu a eleição de 12 de junho após uma recontagem parcial nesta segunda. A oposição, liderada pelo candidato reformista Mir Hossein Mousavi, reclama de fraudes generalizadas. O anúncio da vitória de Ahmadinejad no pleito foi seguido por uma série de protestos. Pelo menos 25 pessoas morreram nos protestos, segundo informações oficiais, sendo 17 manifestantes e sete membros dos Basiji, uma milícia pró-governo.

Hoje o presidente fez os primeiros comentários desde os resultados finais da eleição. "Nós devemos usar toda nossa força para romper o monopólio dos poderes globais", afirmou Ahmadinejad, segundo a agência estatal IRNA. O governo iraniano tem acusado as nações estrangeiras, sobretudo Estados Unidos e Grã-Bretanha, de interferência em assuntos internos do país.

"Antirrevolucionário"

Vários clérigos conservadores atacaram hoje Mousavi pela campanha do candidato derrotado por novas eleições e pelas reclamações de fraudes. "Se qualquer um disser que houve fraude nas eleições, ele mentiu e cometeu um pecado", afirmou Ahmad Khatami. Na sexta-feira Khatami pediu a execução dos manifestantes que protestavam nas ruas de Teerã. Ele chegou a qualificar Mousavi como "antirrevolucionário e contrário ao regime".

Um aiatolá, Mohammad Yazdi, afirmou que, caso permaneça no Conselho de Guardiães, não aprovará o nome de Mousavi para novas disputas presidenciais. Os candidatos devem primeiro passar pelo crivo do conselho, para então concorrerem. Outro aiatolá, Morteza Moghtadai, disse que "o regime deve confrontar" os que não aceitam os resultados eleitorais. As informações são da Dow Jones.

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