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O governo do Reino Unido abriu uma consulta com as partes afetadas sobre possíveis implicações de medidas retaliatórias contra as tarifas anunciadas pelos EUA e quais produtos deveriam ser incluídos nessas contramedidas.
A possibilidade foi anunciada nesta quinta-feira (3), na Câmara dos Comuns (câmara baixa do Parlamento), pelo ministro de Empresas e Comércio, Jonathan Reynolds, que destacou que é "possível" chegar a um novo acordo econômico com os EUA, embora o Reino Unido se reserve o direito de tomar as medidas "necessárias" se isso não for alcançado.
"Para permitir que o Reino Unido mantenha todas as opções em aberto no futuro, estou lançando hoje uma solicitação de informações sobre as implicações para os negócios britânicos de uma possível ação retaliatória" contra as tarifas de 10% sobre os produtos britânicos anunciadas pelo presidente Donald Trump, disse ele.
"Buscaremos as opiniões das partes do Reino Unido durante quatro semanas, até 1º de maio de 2025, sobre os produtos que poderiam ser incluídos em qualquer resposta tarifária. Esse exercício dará às empresas a oportunidade de opinar e influenciar a elaboração de qualquer ação", acrescentou.
Essa consulta é "uma etapa formal necessária para manter todas as opções sobre a mesa" para o Reino Unido, comentou Reynolds.
De acordo com o ministro, o governo detalhará "uma lista indicativa" de produtos americanos sobre os quais o Reino Unido poderia aplicar tarifas em resposta ao anúncio de Trump.
Ele também foi favorável à tentativa de chegar a um novo acordo com os EUA, que ele considerou "possível" e "favorável".
Reynolds enfatizou que (um acordo) não apenas evita a imposição de "tarifas significativas", mas também "aprofundaria o relacionamento econômico em todas as áreas, desde defesa, segurança econômica, serviços financeiros, maquinário, tecnologia e regulamentação".
No entanto, ele admitiu que o governo está "obviamente decepcionado com o aumento das tarifas sobre o Reino Unido e outros países do mundo" e disse que "o impacto será sentido por todos os países".
Em seu discurso, Reynolds lembrou aos parlamentares que o Reino Unido tem uma relação comercial "forte" com os EUA, avaliada em 315 bilhões de libras, perdendo apenas para a relação desse país com a União Europeia (UE).
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