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Pessoas fazem fila em frente a hospital de Londres para receber vacina contra Covid-19, 13 de dezembro. O Reino Unido confirmou a primeira morte causada pela variante ômicron do coronavírus
Pessoas fazem fila em frente a hospital de Londres para receber vacina contra Covid-19, 13 de dezembro. O Reino Unido confirmou a primeira morte causada pela variante ômicron do coronavírus| Foto: EFE/EPA/ANDY RAIN

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou nesta segunda-feira que pelo menos uma pessoa morreu em decorrência da infecção pela variante ômicron do novo coronavírus, cepa que já é responsável por cerca de 40% dos casos positivos notificados em Londres.

Em declarações à imprensa, durante visita que fez a um centro de vacinação no bairro de Paddington, na capital britânica, o premiê lamentou que "tristemente, a ômicron está causando hospitalizações, e, ao menos, um paciente morreu".

Johnson, além disso, rechaçou a percepção atual de que a variante provoca menos efeitos graves do que as outras.

"Essa ideia de que é uma versão mais suave do vírus é algo que devemos descartar, e reconhecer a rapidez com que acelera entre a população. Assim, o melhor que podemos fazer é todos recebermos a dose de reforço", disse, em referência à vacina contra a Covid-19.

O chefe do Executivo britânico informou que, a partir de hoje, todas as pessoas com mais de 18 anos poderão receber mais uma aplicação de imunizante, desde que tenham se passado três meses da dose anterior.

Segundo Johnson, "cerca de 40%" dos casos de Covid-19 notificados em Londres já pertencem à variante ômicron. O primeiro-ministro admitiu estar preocupado com uma "maré de positivos" nas próximas semanas.

O premiê ainda afirmou que os hospitais do país já começaram a receber grande número de pacientes infectados com a cepa e disse temer um colapso do sistema público de saúde britânico (NHS, pela sigla em inglês).

"Todo mundo deve reconhecer algumas coisas: que a ômicron representa um risco muito grave para a saúde pública, e que se propaga muito rápido. Acredito que não exista lugar para a complacência", afirmou.

Na semana passada, Johnson anunciou a proposta de medidas para conter a propagação da Covid-19, como a obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes fechados, a exigência de comprovação de vacinação para a entrada em boate e shows, assim como a recomendação do trabalho remoto.

Todas as normas ainda irão à votação entre os deputados britânicos (Câmara dos Comuns), para que possam entrar em vigor.

"Confio que a população compreenda, e também os colegas do Parlamento de Westminster, e de todo o país, que as medidas que adotamos são equilibradas e proporcionais", afirmou.

Risco global "muito alto"

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou no domingo que a variante ômicron, que já foi detectada em mais de 60 países, representa um rico global "muito alto", e que há alguma evidência de que a nova cepa consiga escapar da proteção das vacinas. No entanto, dados clínicos sobre a severidade da doença causada por essa variante ainda são limitados, disse a OMS.

Segundo a avaliação da OMS, há indícios de que pessoas que foram vacinadas e as que foram previamente infectadas pelo coronavírus podem não conseguir montar uma defesa suficiente de anticorpos para combater a infecção pela ômicron, resultando em altas taxas de transmissão e "consequências graves".

Na semana passada, três estudos independentes indicaram que duas doses das vacinas podem não ser suficientes para proteger contra a infecção pela ômicron.

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