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Guerra no Oriente Médio

Reino Unido diz que reconhecerá Estado palestino se Israel não concordar com cessar-fogo

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, em encontro na Escócia com o presidente americano, Donald Trump, na segunda-feira (28) (Foto: Chris Ratcliffe/EFE/EPA)

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O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, disse nesta terça-feira (29) que seu governo reconhecerá um Estado palestino em setembro, caso Israel não resolva o que chamou de “catastrófica situação” na Faixa de Gaza, promova um cessar-fogo e se comprometa com a solução de dois Estados na região.

“Hoje posso confirmar que o Reino Unido reconhecerá o Estado da Palestina em setembro, antes da celebração da Assembleia Geral da ONU, a menos que Israel dê passos substantivos para acabar com a catastrófica situação em Gaza, concorde com um cessar-fogo e se comprometa com uma solução de longo prazo que reviva a solução de dois Estados. E isso inclui permitir que a ONU introduza ajuda humanitária e deixe claro que não haverá uma anexação da Cisjordânia”, disse Starmer em uma declaração seguida por perguntas de jornalistas.

O governo de Israel criticou o premiê britânico e o acusou de “recompensar” o grupo terrorista Hamas, com quem os israelenses travam uma guerra em Gaza desde outubro de 2023.

“A mudança de postura do governo britânico neste momento, após a decisão francesa e as pressões políticas internas, constitui uma recompensa para o Hamas e prejudica os esforços para conseguir um cessar-fogo em Gaza e um plano para a libertação de reféns”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores israelense em comunicado.

A pasta fez referência a um anúncio do presidente da França, Emmanuel Macron, que disse na quinta-feira (24) que seu país reconhecerá o Estado palestino na próxima Assembleia Geral da ONU.

Desde o início da atual guerra na Faixa de Gaza, outros países já reconheceram unilateralmente o Estado palestino, como Espanha, Irlanda e Noruega.

Na semana passada, representantes dos Estados Unidos e de Israel deixaram negociações em Doha, no Catar, alegando “falta de vontade” do Hamas em chegar a um cessar-fogo.

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