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Fila em centro de vacinação com a vacina contra Covid-19 da Pfizer-BioNTech em Londres, 30 de dezembro
Fila em centro de vacinação com a vacina contra Covid-19 da Pfizer-BioNTech em Londres, 30 de dezembro| Foto: JUSTIN TALLIS / AFP

A chefe de imunizações da Public Health England (PHE), Mary Ramsay, afirmou neste sábado (2) que misturar diferentes vacinas contra a Covid-19 não é recomendável, e que a primeira opção deve ser sempre a de ministrar doses da mesma vacina para um mesmo paciente. O pronunciamento vem após um documento do órgão afirmar que em determinados casos, a aplicação de doses de vacinas diferentes em um mesmo paciente é melhor do que não dar uma segunda dose por falta da mesma vacina.

O texto, publicado na quinta-feira (31), admite que não há evidências sobre a intercambiabilidade das imunizações. Nele, o órgão afirma que em casos de vacinação incompleta, em que uma pessoa vacinada deixar, por algum motivo, de receber a segunda dose no período correto, a vacinação deve ser retomada utilizando a mesma imunização, mas sem a repetição da primeira dose.

No entanto, em casos em que não houver a mesma vacina no local em que a pessoa tentar se vacinar ou em que não for possível determinar qual vacina ela tomou, é "razoável" que ela receba o produto que estiver disponível, de acordo com o documento.

"Esta opção é preferível se o indivíduo está propenso a se expor a um alto risco de forma imediata ou diante da conclusão de que ele provavelmente não voltará a buscar um serviço de saúde", afirma o documento. "Nestas circunstâncias, como ambas as vacinas têm como base a proteína S (spike) do vírus, é provável que a segunda dose ajude a aumentar a resposta à primeira", diz o texto, em referência às duas vacinas aprovadas para uso no país, fabricadas pela Pfizer/BioNTech e pela Universidade de Oxford/Astrazeneca.

No comunicado divulgado hoje, a chefe do PHE afirmou que "podem haver ocasiões extremamente raras" em que a mesma vacina dada na primeira dose não esteja disponível para uma segunda dose. "Todos os esforços devem ser feitos para que os pacientes recebam a mesma vacina, mas onde isso não for possível, é melhor dar a segunda dose de outra vacina do que nenhuma dose."

Atualmente, duas vacinas estão autorizadas para uso emergencial no Reino Unido, a da Pfizer em parceria com a BioNTech e a da AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford. As duas utilizam proteínas do vírus como base, mas a primeira emprega a tecnologia do chamado RNA mensageiro (mRNA), e a segunda, a do adenovírus de chimpanzés.

Recorde de casos no Reino Unido

O Reino Unido registrou um novo recorde de casos diários da Covid-19 neste sábado, com 57.725 novos casos confirmados. 445 novas mortes causadas pela doença foram adicionadas às estatísticas. Com isso, o número de casos chegou a 2.599.789, e o de mortes, a 74.570.

Hospitais do país começaram a receber neste final de semana doses da vacina contra a doença desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca, aprovada nesta semana para uso emergencial no país, e espera-se que 530 mil doses estejam disponíveis na segunda (4). Moradores de lares para idosos e profissionais destes centros, trabalhadores de serviços de saúde e pessoas acima de 80 anos de idade têm prioridade na vacinação.

Mais de 1 milhão de pessoas já receberam no país doses da vacina da Pfizer e da BioNTech, a primeira a ser aprovada para uso emergencial.

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