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A polícia britânica anunciou nesta sexta-feira (17) ter preso um sexto homem suspeito de preparar um ataque terrorista durante a visita do Papa Bento 16 ao Reino Unido.

Mais cedo, a polícia antiterrorismo havia prendido cinco varredores de rua que trabalhavam na região central de Londres, próximo ao Parlamento, onde o pontífice falaria mais tarde.

O sexto homem, de 29 anos, foi preso de tarde, em uma casa no norte da capital. Não estava claro se ele trabalhava para a mesma empresa que os cinco primeiros.

A polícia informou que ainda estava vasculhando oito casas e dois escritórios.

Os cinco primeiros suspeitos, com idades entre 26 e 50 anos, cujos nomes não foram divulgados foram presos por volta das 5h45 locais (1h45 de Brasília), segundo comunicado da Scotland Yard. Eles foram levados a uma delegacia para interrogatório.

O canal de televisão Sky citou fontes não identificadas dizendo que os seis homens eram argelinos, mas a polícia não comentou a notícia e a Embaixada da Argélia disse que não foi notificada sobre a prisão de qualquer um de seus cidadãos.

A princípio, os homens não teriam planejado um atentado em massa.

"Depois das prisões de hoje, os preparativos para o policiamento da visita papal foram revisados, e estamos satisfeitos que nossos planos atuais de policiamento continuam apropriados", diz o comunicado.

A polícia também informou que os itinerários previstos para a visita papal não foram alterados, e que o nível de alerta de terrorismo no país continuava igual.

Papa "tranquilo"

O Papa está "tranquilo" e "confia na polícia, que toma as medidas necessárias", disse em Londres Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, ao ser questionado sobre a prisão. O programa da viagem não foi alterado.

O Vaticano foi informado sobre as detenções quando o papa estava chegando a uma universidade católica no sudoeste de Londres.

Na universidade, o papa lembrou a Igreja que sua prioridade é oferecer um ambiente seguro para crianças. A Igreja foi fortemente abalada por provas de abuso sexual de crianças cometido por padres.

Algumas centenas de pessoas se reuniam e gritavam "Papa deve renunciar!" e "Vergonha!" enquanto o comboio papal entrava num complexo educacional católico. Placas diziam "Hipocrisia e mentiras" e "Pedofilia católica encoberta".

Depois, ele visitou a área do Parlamento, onde se reuniu com o arcebispo de Canterbury e falou com líderes britânicos.

Centenas de manifestantes protestaram, chamando-o de "anti-Cristo" e gritando "vergonha", ao mesmo tempo em que mostravam cartazes de crianças que haviam sofrido abusos sexuais por parte de padres, em um escândalo que abalou a Igreja Católica em todo o mundo.

Protestos semelhantes ocorreram em uma universidade católica visitada pelo papa pela manhã.

Bento 16 está bastante protegido na sua visita, movimentando-se sempre em um carro à prova e balas e cercado de seguranças.

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