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Néstor Iván Osuna Patiño, ministro da Justiça da Colômbia, durante a apresentação de um relatório nesta segunda sobre o monitoramento de cultivos ilícitos no país
Néstor Iván Osuna Patiño, ministro da Justiça da Colômbia, durante a apresentação de um relatório nesta segunda sobre o monitoramento de cultivos ilícitos no país| Foto: EFE/Mauricio Dueñas Castañeda

Um relatório divulgado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) nesta segunda-feira (11) revelou que a Colômbia estabeleceu um novo recorde no cultivo da folha de coca, que é utilizada na produção da cocaína.

Segundo as informações do relatório, em 2022, a Colômbia tinha cerca de 230 mil hectares de coca em todo o país, o que representa um aumento de 13% em relação ao ano de 2021, quando o país sul-americano tinha 204 mil hectares.

Essa expansão significativa das plantações de coca é uma tendência que vem se consolidando nos últimos anos, e os números relatados pelo UNODC são os mais altos desde que o monitoramento começou em 2001.

Outro dado alarmante apresentado no relatório da ONU desta segunda é o aumento significativo na produção de cocaína na Colômbia, que teve um crescimento de 24% no ano passado.

A Colômbia já é conhecida como a maior produtora mundial de cocaína e essa tendência de aumento na produção representa um desafio significativo para as autoridades do país e a comunidade internacional, já que a droga produzida em solo colombiano tem como principal destino final os Estados Unidos e a Europa.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, tem adotado uma abordagem diferente para enfrentar o problema das drogas no país. Petro criticou a "guerra às drogas" e a chamou de "irracional".

Em meio ao aumento descontrolado na produção de cocaína, o presidente colombiano propôs a regulamentação das substâncias entorpecentes e uma aliança entre países da América Latina para abordar o tráfico de drogas de forma "mais eficaz", enfatizando a necessidade de tratar o consumo de drogas como um "problema de saúde pública", em vez de adotar uma "abordagem militarizada" que, segundo ele, vem se mostrando ineficaz.

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