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China
Um homem caminha ao lado de um canteiro de obras em Pequim, China.| Foto: EFE/EPA/WU HAO

Nesta terça-feira (16), o Escritório Nacional de Estatísticas da China (NBS) publicou um relatório com os resultados econômicos do país em abril e um dado chamou a atenção da comunidade internacional: a taxa de desemprego entre jovens de 16 a 24 anos alcançou 20,4%, porcentagem inédita no país asiático.

Na prática, um em cada cinco jovens adultos da China está agora desempregado, um número quatro vezes maior do que a média nacional de 5,2%.

O jornal britânico The Telegraph apontou que Pequim tem se esforçado para convencer universitários a aceitar trabalhos manuais ou fora de sua especialização como uma forma de reduzir o desemprego juvenil. Inclusive, oferecendo melhores remunerações para trabalhos que não exigem alta qualificação. No entanto, essa estratégia não tem obtido resultados. Com cerca de 11,58 milhões de estudantes se formando neste semestre na China, as autoridades estão cada vez mais preocupadas com o aumento do desemprego nessa faixa etária.

O relatório do NBS também indicou outros sinais de uma recuperação econômica mais lenta, mesmo após quatro meses do fim da rígida política de "Covid Zero" no país. Em abril, a produção industrial foi apenas 5,6% maior em comparação ao ano anterior, apesar das previsões de um aumento de 10,9%. Além disso, o crescimento nas vendas no varejo também foi decepcionante, atingindo apenas 18,4% em vez dos 21% esperados pelos analistas.

"Quatro meses após a reabertura, a recuperação econômica da China pode ser melhor descrita como desigual, irregular e ainda dependente do Estado", afirmou Louise Loo, economista-chefe da Oxford Economics, em entrevista ao jornal asiático South China Morning Post. Segundo a especialista, o recorde de desemprego jovem também representa um "risco econômico e social" para Pequim.

No final do mês passado, o governo chinês anunciou planos para aumentar o emprego e o comércio, na tentativa de alcançar a modesta meta de crescimento de cerca de 5% em 2023, após não ter conseguido atingir as expectativas no ano passado.

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