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Segundo o New York Times, as pesquisas dos últimos meses sugerem que os repulicanos com diploma universitário voltaram a apoiar o ex-presidente.
Segundo o New York Times, as pesquisas dos últimos meses sugerem que os repulicanos com diploma universitário voltaram a apoiar o ex-presidente.| Foto: EFE

Uma reportagem publicada neste domingo (14) pelo jornal The New Tork Times mostra que o número de eleitores de Donald Trump entre o público com formação universitária está aumentando. O texto, intitulado “Como os republicanos com ensino superior aprenderam a amar Trump novamente”, reitera que a base do ex-presidente segue sendo formada pela classe trabalhadora – mas credita seu ressurgimento político, em grande parte, ao apoio do extremo oposto da escala socioeconômica.

Segundo o The New York Times, publicação assumidamente de esquerda e anti-Trump, as pesquisas dos últimos 14 meses sugerem que os conservadores com diploma universitário voltaram a apoiar o ex-presidente após abandoná-lo nas eleições de 2020 (principalmente por sua disposição permanente para criar controvérsias).

Para esses eleitores, o governador da Flórida, Ron DeSantis, seu principal concorrente nas primárias republicanas, ainda não conseguiu organizar sua campanha, considerada uma “bagunça”. Já a ex-governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, e o empresário Vivek Ramaswamy, outros candidatos relevantes à vaga, ainda são muito inexperientes para enfrentar a máquina dos democratas.

Isso não significa que os conservadores com ensino superior decidiram abraçar a ideia de “tornar a América grande de novo”, o mantra entoado pelos seguidores fanáticos de Trump. De acordo com David Kochel, experiente estrategista político republicano ouvido pela reportagem, essa faixa do público apenas é “inteligente o suficiente para ver que Donald Trump vai vencer” e quer “mandá-lo para a batalha contra Biden para acabar com isso logo”.

Outra parcela dos eleitores, diz a matéria, indignou-se com as acusações criminais contra o ex-presidente – e as classificam como exageradas e injustas. É o caso de Yolanda Gutierrez, uma corretora imobiliária da Califórnia que até o ano passado pretendia votar em DeSantis pelo fato de ele ser um líder mais jovem. “Mas agora prefiro Trump, porque os democratas estão tentando encontrar qualquer maneira possível de prendê-lo”, afirma.

Existe também um segmento altamente preocupado com as questões domésticas dos EUA. Para esse grupo, Donald Trump vai dar prioridade aos problemas internos – deixando um pouco de lado a política internacional – e mais atenção às altas taxas de juros que sufocam a economia do país atualmente.

Por fim, há quem simplesmente tenha se contagiado por essa nova onda trumpista. Como a empresária do Texas Lisa Keathly, que também estava inclinada a apoiar Ron DeSantis (por ele ser “mais educado e menos rude” do que o ex-presidente).

Ela conta que se sente com uma adolescente se rebelando. “Uma parte de mim pensa: ‘Talvez eu devesse optar por Trump porque todo mundo está me dizendo para não fazer isso”, diz. E completa: “Por que essas pessoas estão tão assustadas? Porque elas não podem controlá-lo”.

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