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Tragédia

Réplicas de tremor elevam para 5 mil o número de desabrigados na Itália

Centenas de moradores das regiões atingidas por terremoto deixam suas casas e passam a noite em carros ou abrigos

Acampa­­mento montado em Finale Emilia, na região mais afetada pelo­ te­­rremoto | Giuseppe Cacace/AFP
Acampa­­mento montado em Finale Emilia, na região mais afetada pelo­ te­­rremoto (Foto: Giuseppe Cacace/AFP)
Governo improvisa abrigos para receber desalojados |

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Governo improvisa abrigos para receber desalojados

Dezenas de réplicas do terremoto de domingo que sacudiu o noroeste da Itália causaram pânico e danos em vá­­­­rias cidades do país on­­tem.­­­­ O número de desalojados­­ subiu para 5 mil. As réplicas,­­ cer­­ca­­ de cem, foram sentidas,­­ so­­bre­­tudo, nas regiões de Mi­­randola, San Felicia e Finale Emilia, a 36 quilômetros ao norte de­­ Bolonha, onde se si­­tuava­­ o epicentro do primeiro tremor.

De acordo com os serviços de emergência, dezenas de pessoas sofreram ferimentos após o terremoto e várias casas e monumentos históricos ficaram em ruínas. Temendo novos desabamentos de construções, centenas de italianos decidiram passar a noite em seus carros enquanto outros buscaram abrigos temporários nos quais as autoridades locais instalaram camas, mesas e cadeiras.

Quatro dos mortos no pri­­­­meiro tremor eram tra­­ba­­lha­­­­­­dores do turno da noi­­te­­ cujas fábricas desabaram. Dois­­ deles morreram quando estavam trabalhando e­­ o­­ teto de uma fábrica de ce­­râ­­micas caiu na cidade de Sant’­­Agostino, onde foram instalados acampamentos improvisados e um ginásio foi preparado para receber os atingidos.

"Podemos abrigar cerca de­­ 500 pessoas. Muitas delas têm medo e não querem voltar para suas casas, apesar de não terem sido danificadas", explicou Sebastiano Lucchi, da Proteção Civil.

O serviço de proteção civil levou centenas de idosos e pessoas vulneráveis para abrigos improvisados na localidade de Finale Emilia, epicentro do tremor.

A região da Emilia-Ro­­mag­­­­­­­­­­na­ é uma das mais in­­­­dus­­­­­­­trializadas da Itália e­­ abri­­ga­­­­ tesouros artísticos e ar­­­­qui­­­­­te­­­­tônicos. O centro his­­tó­­ri­­­­co de­­ Ferrara está na lista do­­ pa­­tri­­mônio mundial da Unes­­­­co. O teto de uma cape­­la­­ do­­ século 6, na cidade de San­­­­ Carlo, cuja restauração le­­vou oito anos, desabou e dei­­­­­­xou expostas as estátuas de­­­­ anjos wque estavam dentro­­ do­­ local.

"Mil anos de história desapareceram", disse desconsolado o prefeito de Finale Emilia, Fernando Ferioli.

O terremoto ocorreu pouco mais de três anos depois de outro abalo sísmico de magnitude 6,3 que atingiu em março de 2009 a cidade de L’Aquila, deixando 300 mortos e dezenas de milhares de pessoas desabrigadas.

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