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Cabo Canaveral, Estados Unidos – O ônibus espacial Discovery sairia ontem da Estação Espacial Internacional (EEI) para chegar à Terra segunda-feira, após 14 dias no espaço. O retorno foi colocado em dúvida durante a decolagem, duas semanas atrás. No entanto, apesar do desprendimento de alguns pedaços de espuma isolante na subida, a nave estaria em boas condições, conforme as avaliações preliminares.

Mesmo assim, novas checagens seriam feitas entre ontem e hoje. A intenção é impedir a repetição da tragédia de 1.º de fevereiro de 2003, quando a nave Columbia com seus sete astronautas a bordo se desintegrou justamente no retorno à Terra.

Os tripulantes do ônibus espacial Discovery dedicam horas a fio para inspecionar a nave repetidas vezes. Caso detectem algum problema, podem tentar resolvê-lo, ou aguardar resgate na Estação Espacial. O problema não é só a condição do Discovery. "Qualquer nave espacial em órbita corre o risco de ser atingida por alguma coisa", disse o astronauta Mark Kelly durante uma série de entrevistas divulgadas pela televisão norte-americana. "Com uma inspeção adicional quase no final da missão, reduz-se o risco de que haja danos em nosso sistema de proteção térmica ou, pelo menos, se houver dano, saberemos", acrescentou.

As especialistas da missão Lisa Nowak e Stephanie Wilson inspecionaram a asa esquerda da Discovery com o braço robótico que possui sensores e câmeras para determinar se meteoritos ou outros objetos espaciais atingiram a nave. Nowak e Wilson se revezaram na operação do braço robótico da ISS durante as três caminhadas espaciais feitas na última semana pelos astronautas Michael Fossum e Piers Sellers.

Antes da partida, os astronautas desacoplarão o módulo de carga Leonardo da Estação Espacial Espacial, e o introduzirão no depósito da nave espacial. O módulo chegou à EEI com 2,7 toneladas de alimentos, água, remédios, ar, equipamentos, instrumentos e experimentos científicos para os três astronautas que ficarão na Estação durante meses. Em contrapartida, Leonardo volta à Terra com quase 2 toneladas de lixo, equipamentos, ferramentas e experimentos científico já terminados.

A estação espacial dos Estados Unidos, a Nasa, sustenta que a EEI é um item-chave para as ambições norte-americanas de enviar astronautas novamente à Lua em 2018 e eventualmente enviar a primeira missão tripulada a Marte. "Sentimos que fizemos todas as provas e cumprimos com os objetivos e sentimos que todo o programa está novamente nos trilhos", disse Lisa Nowak à CNN.

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