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Países ocidentais aproveitaram a entrega do prêmio Nobel da Paz ao dissidente chinês preso Liu Xiaobo para ressaltar a importância dos direitos humanos, enquanto Pequim e alguns de seus aliados afirmaram que o prêmio foi politizado.

O ativista pró-democracia Liu, que foi detido no fim do ano passado acusado de subversão, e condenado a 11 anos de prisão, foi representado na cerimônia de entrega em Oslo por uma cadeira vazia após a China ter proibido que amigos e familiares participassem do evento.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse lamentar que Liu e sua esposa tenham sido proibidos de participar da cerimônia.

"Os valores que ele defende são universais, sua luta é pacífica, e ele deve ser libertado o mais breve possível", disse ele. Obama afirmou respeitar as ações da China para tirar seus cidadãos da pobreza mas que os direitos humanos também são importantes.

A China classificou a premiação como uma "farsa política" que não representa nações em desenvolvimento ou grande parte do mundo.

"Nós decididamente nos opomos a qualquer país ou qualquer pessoa que use o prêmio Nobel da Paz para interferir nos assuntos internos da China ou infringir a soberania legal da China", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Jiang Yu.

Ao menos 19 países se negaram a participar da cerimônia, em Oslo, nesta sexta-feira, entre eles muitos criticados pelo Ocidente pelo histórico sobre direitos humanos, como o Vietnã.

Mas o vizinho Japão foi um dos países que participou do evento.

"Claro que pensamos que é uma premiação muito importante", disse Noriyuki Shikata, porta-voz do gabinete do primeiro-ministro japonês.

O Paquistão, no entanto, disse que não participaria do evento para demonstrar solidariedade à aliada China e condenou a decisão de premiar Liu.

"A politização do prêmio Nobel da Paz para os propósitos de interferência em assuntos domésticos de Estados não é apenas contrário aos princípios reconhecidos de conduta entre Estados mas é também uma negação ao espírito básico imaginado pelo fundador do prêmio", disse o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores paquistanês, Abdul Basit.

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