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O magnata e celebridade Donald Trump retornou de corpo, alma e dinheiro à corrida presidencial republicana ao manifestar nesta quinta-feira (2) seu apoio ao favorito Mitt Romney. Trump já foi filiado ao partido e de vez em quanto se lança candidato a presidente. Ao anunciar o apoio a Romney, ele disse a jornalistas que conheceu melhor o ex-governador de Massachusetts ao longo de várias conversas recentes.

Mas a gota d'água para o apoio teria sido a campanha de Romney na eleição primária da Flórida, que ele venceu na terça-feira (31). "Fiquei muito impressionado com os dois últimos debates", disse ele em Las Vegas. Dono de cassinos e apresentador de reality shows, Trump é uma improvável influência partidária, mas é muito popular em Nevada, que realiza no sábado (4) o seu caucus (assembleia eleitoral). O vencedor do processo interno de disputa nos Estados será indicado pelo Partido Republicano para enfrentar o democrata Barack Obama na eleição geral de 6 de novembro. Dos quatro primeiros Estados a fazerem a definição, Romney venceu em dois, e ficou em segundo lugar nos outros. Na noite de quarta-feira (1º), a imprensa dos Estados Unidos noticiou que Trump declararia apoio ao que é hoje o maior rival de Romney, o ex-deputado Newt Gingrich. Mas o apoio de Trump pode ter consequências negativas para a imagem de Romney, que na véspera foi criticado por ter dito que não se importava muito com a situação dos norte-americanos mais pobres, já que seu foco seria a classe média. Trump, que cultiva uma aura de riqueza e glamour, estimou no ano passado ter uma fortuna de 7 bilhões de dólares, e muitos eleitores às voltas com dificuldades econômicas podem achar acintosa a sua presença na campanha. No ano passado, o magnata foi alvo de zombaria quando, cogitando se lançar candidato, insinuou que o presidente Barack Obama não havia nascido nos EUA.

Para o estrategista republicano Ford O'Connell, o aval de Trump a Romney "significa uma maior consolidação da base republicana". "Mas, diante dos comentários de Romney ontem, posso ver (que a campanha de Obama) vai tentar vincular isso como uma forma de retratar Mitt Romney como alguém que não está em contato com o drama do norte-americano médio". O Comitê Nacional Democrata, de fato, rapidamente divulgou um vídeo intitulado "Mitt Romney e Donald Trump: os dois gostam de demitir pessoas". Era uma alusão ao bordão de Trump no seu programa de TV -"Você está demitido!" - e a uma gafe anterior de Romney, que disse gostar de "poder demitir pessoas". Romney tem tudo para sair de Nevada ainda como favorito na disputa. Uma pesquisa da Universidade de Nevada, Las Vegas, mostrou que ele tem o apoio de 45 por cento dos prováveis participantes da assembleia eleitoral, contra 25 por cento de Gingrich, 11 de Rick Santorum e 9 de Ron Paul.

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