O Pentágono dará prosseguimento o mais rapidamente possível ao julgamento por crimes de guerra de dois detentos da base militar americana de Guantánamo, em Cuba, depois de a Justiça ter confirmado a legalidade do procedimento, disse nesta segunda-feira o secretário americano de Defesa, Donald Rumsfeld, que, entretanto, não identificou os réus.
A autoridade da Casa Branca afirmou ver na decisão tomada por uma corte federal na sexta-feira passada uma confirmação das políticas adotadas pelo governo do presidente George W. Bush.
A Justiça considerou legal os planos do governo de criar painéis especiais integrados por oficiais das Forças Armadas a fim de julgar os homens que os EUA acusam de terrorismo e que são mantidos em Guantánamo. Uma decisão tomada em primeira instância, revertida na sexta-feira, havia paralisado o procedimento.
Esses serão os primeiros julgamentos do tipo desde o fim da Segunda Guerra Mundial. O Pentágono também apresentará acusações contra outros oito homens detidos em Guantánamo, acrescentou Rumsfeld.
Segundo o Pentágono, serão nomeados nesta semana substitutos para o advogado chefe de defesa, coronel Will Gunn, e o procurador-chefe, coronel Robert Swann - os dois estão indo para a reserva.
- Estamos determinados a dar prosseguimento a esse processo(...) A decisão da corte assinala um avanço na luta global contra os extremistas e ajuda os esforços para proteger vidas inocentes. - afirmou Rumsfeld após encontro com o primeiro-ministro australiano, John Howard, em Washington.



