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O único posto finlandês na fronteira com a Rússia que permanece aberto, de Raja-Jooseppi, será fechado na quinta-feira (30)
O único posto finlandês na fronteira com a Rússia que permanece aberto, de Raja-Jooseppi, será fechado na quinta-feira (30)| Foto: EFE/EPA/TOMI HANNINEN

O governo da Rússia classificou como “irracional” a decisão da Finlândia de fechar totalmente a fronteira entre os dois países e ameaçou deslocar tropas para a região.

Nesta terça-feira (28), o governo finlandês anunciou o fechamento, de quinta-feira (30) a 13 de dezembro, de todos os postos na fronteira com a Rússia. Sete já haviam sido fechados e agora a mesma medida será aplicada no único que permanece aberto, o de Raja-Jooseppi, no extremo norte da Finlândia.

O vice-ministro das Relações Exteriores russo, Alexander Grushko, classificou a ação como “simplesmente irracional” e acusou Helsinque de autorizar o envio de forças da OTAN para o seu território – o país nórdico entrou na aliança militar do Ocidente em abril deste ano.

“Evidentemente, toda a aliança [OTAN] aumentou a zona de contato com o seu principal inimigo, como a Rússia é vista pela aliança, em 1,3 mil quilômetros [extensão da fronteira entre Rússia e Finlândia]. E exigirão que a Finlândia faça o que outros aliados estão fazendo, ou seja, tomar todas as medidas necessárias e receber forças estrangeiras no seu território. Sabemos que a Finlândia assinou acordos bilaterais relevantes”, disse Grushko, em declarações publicadas pela agência Tass.

O vice-ministro afirmou que, diante de uma “realidade político-militar fortemente carregada de desestabilização”, a Rússia deve tomar medidas na região de fronteira.

“Faremos isto, como disse o presidente russo [Vladimir Putin], com base em mudanças reais na situação militar. Refiro-me às forças militares que podem ser deslocadas ou aparecer ao longo das nossas fronteiras”, disse Grushko.

Viacheslav Volodin, presidente da Duma, a câmara baixa do Parlamento russo, afirmou nesta terça-feira que a decisão da Finlândia custará ao país nórdico quase 3 bilhões de euros.

“Ao colocar sua cortina de ferro, o governo finlandês basicamente pune os seus cidadãos e priva o seu país de oportunidades de desenvolvimento”, disse o deputado russo.

Cerca de mil imigrantes ilegais, de países como Iraque, Iêmen, Somália e Síria, chegaram à Finlândia por meio da fronteira com a Rússia desde o início de novembro.

O governo finlandês alega que a pressão migratória que motivou o fechamento da fronteira é uma resposta da Rússia à entrada da Finlândia na OTAN e ao anúncio do aumento da cooperação do país com os Estados Unidos na área de defesa.

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