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Retaliação

Rússia ameaça fechar espaço aéreo para voos entre Europa e Ásia

O fechamento do espaço aéreo faria com que as companhias aéreas que utilizam essa rota tenham mais gastos de combustível

O primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, deu entrevista coletiva nesta quinta-feira (7) para falar sobre a retaliação do país às sanções da UE e dos EUA | Reuters/Dmitry Astakhov/RIA Novosti/Compartilhamento
O primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, deu entrevista coletiva nesta quinta-feira (7) para falar sobre a retaliação do país às sanções da UE e dos EUA (Foto: Reuters/Dmitry Astakhov/RIA Novosti/Compartilhamento)

Um dia após aprovar a restrição de importações de países ocidentais, a Rússia ameaçou nesta quinta-feira (7) fechar seu espaço aéreo para voos entre Europa e Ásia através da Sibéria, o caminho mais curto, em resposta às sanções impostas ao país pela crise ucraniana. O primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, disse que a medida é grave e precisa de reflexão. A União Europeia (UE), por sua vez, considerou "claramente política" a decisão russa de suspender as importações e anunciou que se reserva "o direito de tomar medidas".

"Evidentemente, esta é uma medida grave. Precisamos pensar", afirmou o primeiro-ministro russo.

O fechamento do espaço aéreo faria com que as companhias aéreas que utilizam essa rota tenham mais gastos de combustível. Mas também causaria prejuízos à principal companhia aérea russa, a Aeroflot, que recebe anualmente entre US$ 250 milhões e US$ 300 milhões por voos que utilizam esse trajeto. A medida afetaria seriamente as empresas europeias, incluindo Lufthansa, British Airways e Air France, que operam vários voos de longa distância para a Ásia.

Os detalhes sobre as restrições à compra de produtos de outros países foram dados pelo premier russo em uma reunião governamental nesta quinta-feira. Segundo ele, a Rússia vai proibir a importação de frutas, vegetais, carnes, peixes e laticínios dos Estados Unidos, União Europeia, Austrália, Canadá e Noruega.

A UE reagiu ao movimento russo, que pode agravar ainda mais a crise entre os países.

"Após uma avaliação completa pela Comissão Europeia das medidas tomadas pela Federação Russa, nos reservamos o direito de tomar as medidas necessárias", disse Frederic Vincent, porta-voz da Comissão.

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