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Representantes do regime russo e autoridades dos EUA iniciaram uma nova rodada de negociações na tentativa de abrir caminho para um possível cessar-fogo na guerra na Ucrânia, nesta segunda-feira (24) em Riad, capital da Arábia Saudita.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, informou em sua entrevista coletiva diária que a prioridade de Moscou nas conversas deste dia é a segurança da navegação no Mar Negro. "Em primeiro lugar, a segurança da navegação", disse.
Segundo Peskov, a delegação russa que representa o ditador Vladimir Putin viajou para Riad "precisamente com esse mandato".
A Casa Branca também apontou esse objetivo como central nas conversas. Washington informou que um cessar-fogo marítimo no Mar Negro permitiria o retorno do livre fluxo de navios na área, embora não tenha sido palco de operações militares intensas nos últimos meses.
O porta-voz do Kremlin afirmou ainda que a retomada das negociações sobre a chamada Iniciativa do Mar Negro foi uma proposta do presidente Donald Trump, que recebeu o apoio de Putin na semana passada.
As negociações estão sendo realizadas no Hotel Ritz-Carlton e a delegação russa é liderada por Grigory Karasin, presidente do Comitê de Assuntos Internacionais do Senado, e Sergei Beseda, assessor do diretor do Serviço Federal de Segurança (FSB, ex-KGB).
O encontro desta segunda-feira ocorre após os representantes dos EUA se reunirem com a delegação da Ucrânia, nesta domingo (23), que foi liderada pelo ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov. Eles permanecem em Riad após realizar consultas com a parte americana.
Umerov indicou que a pauta da reunião incluiu propostas para proteger instalações de energia e infraestrutura crítica. Ele explicou ainda que essas são questões técnicas complexas, razão pela qual a delegação inclui especialistas em energia, bem como representantes militares versados nos componentes naval e aéreo.
Até o momento, a Rússia rejeitou uma trégua total na guerra da Ucrânia, seja a de seis meses proposta pelos europeus ou a de 30 dias proposta pelos EUA, e declarou apenas uma trégua energética unilateral.
Segundo a agência Reuters, uma fonte envolvida com o planejamento das negociações disse que o lado americano estava sendo liderado por Andrew Peek, diretor sênior do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, e Michael Anton, alto funcionário do Departamento de Estado.
