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82 mil soldados

Rússia conclui mobilização parcial de reservistas para guerra na Ucrânia

O presidente russo, Vladimir Putin, participa da cúpula anual informal dos chefes de Estado da Comunidade de Estados Independentes (CEI) na residência presidencial do Palácio Konstantin em Strelna, nos arredores de São Petersburgo, Rússia, 07 de outubro de 2022. (Foto: EFE/EPA /ALEXEI DANICHEV / SPUTNIK)

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A Rússia concluiu nesta sexta-feira (28) a chamada mobilização parcial ordenada pelo presidente Vladimir Putin em setembro para reforçar o contingente militar russo na guerra na Ucrânia.

Dos 300 mil reservistas convocados, 82 mil foram enviados ao país vizinho para participar do que Moscou chama de "operação militar especial", disse o ministro da Defesa russo, Sergey Shoigu, durante uma reunião com Putin transmitida pela rede de televisão estatal.

Outros 218 mil convocados ainda estão recebendo treinamento militar em várias partes do país. "A idade média dos cidadãos mobilizados é de 35 anos", afirmou Shoigu. Entre eles, todos homens, há mais de 1.300 funcionários públicos e 27 mil homens de negócios, autônomos e empresários.

"Outros 13 mil, sem esperar pela convocação, expressaram seu desejo de cumprir seu dever e foram enviados como voluntários", declarou.

Por sua vez, Putin destacou que a prioridade atual é treinar e equipar os mobilizados "para que estas pessoas se sintam mais seguras se forem chamadas a tomar parte em ações militares".

"Quero agradecer a todos que se alistaram nas forças armadas. Quero dizer obrigado pela lealdade, pelo patriotismo, pela firme convicção de defender nosso país", disse ele.

Putin admitiu dificuldades e problemas durante a mobilização, mas as considerava "inevitáveis", pois havia "muito tempo" desde que a última mobilização do tipo na Rússia, que ocorreu na Segunda Guerra Mundial.

Putin também considerou que a experiência acumulada durante a atual campanha militar na Ucrânia torna necessária a introdução de reformas, tanto no Exército quanto no sistema de alistamento.

Ele deu a Shoigu até dezembro para apresentar propostas de reforma do exército, que sofreu vários reveses na Ucrânia nos últimos dois meses, obrigando-o a se retirar de várias áreas de Donbas e do sul do país vizinho.

Em 21 de setembro, Putin decretou a mobilização de 300 mil reservistas que haviam completado seu serviço militar ou trabalhavam em uma especialidade exigida pelo Exército, o que levou a um êxodo em massa de russos em idade militar.

Segundo várias fontes, centenas de milhares de russos fugiram para países pós-soviéticos como Geórgia, Mongólia, Cazaquistão e Uzbequistão, e para a vizinha Finlândia, que foi recentemente aceita na OTAN.

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