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A Rússia construiu uma fábrica de munição para fuzis de assalto Kalashnikov na Venezuela, informou nesta quarta-feira (2) a empresa estatal russa de tecnologia Rostec.
"A empresa produzirá até 70 milhões de cartuchos anuais e aumentará significativamente o potencial de defesa do país, fornecendo à Venezuela munição de produção nacional", diz o comunicado em seu site.
A Rosoboronexport, agência estatal responsável pelas exportações do complexo militar-industrial russo, foi a encarregada da construção da fábrica, onde quatro linhas de montagem já foram postas em funcionamento. Duas delas são destinadas à munição com núcleo de aço e as restantes encarregadas de produzir balas traçadoras e de festim. Trata-se de cartuchos de 7,62 milímetros para fuzis de assalto Kalashnikov.
O complexo industrial também inclui outras estruturas auxiliares, como campos de tiro e depósitos.
"Em breve, está planejado o início de outras instalações de produção, o que garantirá um ciclo completo de produção de munição e fuzis de assalto Kalashnikov para o Exército venezuelano, a polícia e outras forças da ordem", declarou o diretor da Rostec, Oleg Yevtushenko.
Por sua vez, o diretor executivo da Rosoboronexport, Alexander Mikheyev, lamentou que o projeto tenha sido implementado sob pressão de sanções, tanto sobre Rússia como Venezuela.
Também foi comunicada a construção atual de uma fábrica de fuzis de assalto AK-103.
O diretor executivo da Rostec, Sergei Chemezov, declarou anteriormente que os Estados Unidos estavam interferindo na construção de uma fábrica de fuzis de assalto Kalashnikov na Venezuela.
Conteúdo editado por: Isabella de Paula
