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Em mais um capítulo da escalada na tensão diplomática entre Rússia e Reino Unido, Moscou acusou nesta segunda-feira (10) dois diplomatas britânicos de espionagem e deu um prazo de duas semanas para que deixem o país.
Segundo informações da agência Reuters, o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, uma das agências sucessoras da KGB) alegou que os dois diplomatas britânicos teriam fornecido informações falsas ao obter permissão para entrar no país.
O FSB afirmou ainda que “identificou sinais de trabalho de inteligência e subversivo” por parte desses funcionários.
Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido afirmou que “esta não é a primeira vez que a Rússia faz acusações maliciosas e infundadas contra nossa equipe”.
Na semana passada, um diplomata russo foi expulso do Reino Unido, em retaliação à expulsão de um diplomata britânico pela Rússia em novembro, também acusado por Moscou de fornecer informações falsas e espionagem.
Desde que o Reino Unido iniciou a imposição de sanções contra a Rússia e o apoio militar à Ucrânia, invadida por Moscou há três anos, britânicos e russos protagonizam uma disputa diplomática, com expulsões de diplomatas e proibição de entrada de jornalistas e políticos britânicos na Rússia, incluindo o atual premiê, Keir Starmer, que foi barrado em agosto de 2022, quando ainda era o líder da oposição.
A tensão vem aumentando porque Starmer reiterou o apoio à Ucrânia mesmo com o bloqueio de ajuda externa, militar e de inteligência por parte dos Estados Unidos: durante um encontro recente com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o primeiro-ministro britânico anunciou um empréstimo de US$ 2,8 bilhões a Kiev, financiado por meio de ativos russos bloqueados desde o início da guerra.
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