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Segundo comissão do Senado americano, presidente russo Vladimir Putin teria ordenadoa  interferência nas eleições presidenciais americanas de 2016 | MIKHAIL KLIMENTIEV/AFP
Segundo comissão do Senado americano, presidente russo Vladimir Putin teria ordenadoa  interferência nas eleições presidenciais americanas de 2016| Foto: MIKHAIL KLIMENTIEV/AFP

O Comitê de inteligência do Senado dos EUA afirmou nesta quarta-feira, 16, que concorda com relatórios produzidos por agências de inteligência em 2017 que concluíram que a Rússia interferiu na eleição presidencial americana de 2016. Os estudos concluíram que a ação de Moscou teve como objetivo prejudicar a candidatura da democrata Hillary Clinton e ajudar o republicano Donald Trump.

O republicano Richard Burr, presidente da Comissão, disse em comunicado que sua equipe passou 14 meses "revisando as fontes, o trabalho de propaganda e o trabalho analítico" produzido pelos organismos de inteligência. "Não vemos razão para contestar as conclusões", afirmou Burr. 

O comitê divulgou 2,5 mil páginas de transcrições e outros documentos referentes a entrevistas que conduziu com alguns dos presentes a um encontro realizado em 2016, na Trump Tower, em Nova York.  

O evento contou com a participação de Donald Trump Jr. Ele teria concordado em estar na reunião após obter a promessa de que teria informações que poderiam prejudicar a candidatura de Hillary Clinton. Outros participantes foram Paul Manafort, o então chefe da campanha presidencial; o genro de Trump, Jared Kushner; e vários russos, incluindo a advogada Natalia Veselnitskaya. 

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“Foi um esforço extensivo, sofisticado e ordenado pelo próprio presidente [Vladimir] Putin com o propósito de ajudar Trump e prejudicar Hillary Clinton”, afirmou o senador democrata Mark Warner, vice-presidente da comissão. 

O resultado contrasta com a avaliação da Comissão de Inteligência da Câmara, que chegou a concordar com a maior parte dos relatórios, mas disse que as agências "não empregaram o trabalho analítico adequado" para avaliar as intenções do presidente russo, Vladimir Putin.  A disputa poderia complicar a situação do Partido Republicano na eleição de 2018.

O anúncio ocorre em meio ao crescente pressão republicano em relação à investigação liderada pelo conselheiro especial Robert Mueller, cuja equipe também está examinando se a campanha de Trump foi coordenada com o Kremlin e se o presidente obstruiu a justiça no sentido de limitar a investigação. 

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