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Guerra fria?

Rússia multiplica gestos de força ante o Ocidente

Com a bandeira ficanda sob o Pólo Norte, os movimentos de seus bombardeiros nucleares no Pacífico e as manobras militares com a China, a Rússia vem multiplicando exibições de força ante o Ocidente, demonstrando uma vontade de manter as ambições de superpotência.

O último incidente aconteceu quarta-feira, quando dois bombardeiros russos TU 95 se aproximaram de uma base militar americana situada na ilha de Guam, no Pacífico ocidental, retomando assim um costume abandonado desde o final da Guerra Fria.

"Dois dos nossos fizeram uma visita perto da ilha de Guam", felicitou-se quinta-feira o comandante da aeronáutica russa, general Pavel Androsov, comentando a manobra confirmada pelo Pentágono.

"Sempre foi uma tradição de nossos bombardeiros estratégicos fazerem longos vôos sobre o oceano, cruzando aviões americanos e saudando de perto os pilotos. Quarta-feira retomamos esta tradição", afirmou o general Androsov.

O incidente dos bombardeiros russos no Pacífico foi precedido de outro conflito com a Geórgia, onde caiu na segunda-feira um míssil de fabricação russa.

Em 2 de agosto, missão de exploração fincou uma bandeira da Rússia no fundo do oceano Ártico, a mais de 4.000 metros sob o Pólo Norte.

No dia seguinte da operação, o comandante da frota russa no Mar Negro, almirante Vladimir Masorin, falou da possibilidade de restabelecer a presença naval russa permanente no Mediterrâneo.

Os Estados Unidos têm mobilizada a VI Frota justamente no Mediterrâneo.

Segundo a imprensa russa, o porto sírio de Tartus, utilizado pela frota soviética nos tempos da URSS, poderia acolher novamente uma base naval.

A exibição de força chegou ao auge, no entanto, com as gigantescas manobras conjuntas lançadas na China durante a semana por tropas russas, chinesas e de quatro países centro-asiáticos como parte da Organização da Cooperação de Xangai (OCS).

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