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Avião da Força Aérea da Rússia no aeroporto de Maiquetía, na Venezuela | Foto: YURI CORTEZ / AFP
Avião da Força Aérea da Rússia no aeroporto de Maiquetía, na Venezuela, em 28 de março | Foto: YURI CORTEZ / AFP| Foto:

O governo russo negou, nesta terça-feira (4), ter dito aos Estados Unidos que estava retirando seu pessoal da Venezuela, contradizendo o presidente americano Donald Trump.

"Não houve mensagens oficiais por parte do lado russo, nem poderia haver", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres.

Na segunda-feira, Trump postou no Twitter que a Rússia havia informado o governo americano de que eles haviam removido "a maioria de seu pessoal da Venezuela".

Moscou é o principal patrocinador do ditador Nicolás Maduro. O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, John Bolton, e o secretário de Estado, Mike Pompeo, acusaram a Rússia de ter impulsionado seu apoio militar, diplomático e econômico a Maduro, em face dos esforços dos EUA para derrubá-lo.

Em março, cerca de 100 militares russos chegaram em Caracas a bordo de dois aviões militares. Autoridades americanas disseram pensar que o objetivo desses militares era realizar a manutenção do sistema de defesa aérea russo S-300 e que, depois disso, eles deixariam o país.

"Nós não sabemos o que 'removeu a maior parte do seu pessoal' significa", disse Peskov. "Na verdade, existem especialistas lá que trabalham no sistema enviado para a Venezuela anteriormente. Esse processo está ocorrendo de uma maneira ordenada".

Peskov disse que Trump pode estar simplesmente se referindo a uma reportagem do jornal Wall Street Journal, que informou que o conglomerado russo de defesa Rostec, estatal de defesa russa, havia reduzido de mil para algumas dezenas de pessoas o seu contingente de especialistas na Venezuela. A Rostec, em um comunicado, negou a reportagem.

Autoridades russas insistiram que a posição do país sobre a Venezuela não mudou. Moscou refere-se a Maduro como legítimo presidente da Venezuela, um importante aliado russo no hemisfério ocidental. Ele descreve o apoio americano a Juan Guaidó, o presidente interino e líder da oposição, como uma interferência ilegal nos assuntos internos da Venezuela.

A Rosoboronexport, empresa de exportação de defesa do Estado da Rússia, disse que planeja aprofundar a cooperação com a Venezuela.

"A Rosoboronexport e outras entidades russas envolvidas na cooperação técnico-militar com a Venezuela estão comprometidas em aprofundar a interação com o Ministério da Defesa e outras agências do governo da Venezuela", informou o serviço de imprensa da companhia nesta segunda-feira, segundo a agência Interfax.

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