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A polícia de Moscou prendeu nesta terça-feira 24 pessoas que participavam de uma manifestação antifascista por ocasião do primeiro aniversário da morte de um advogado de direitos humanos e uma jornalista.

Os manifestantes, que culpam nacionalistas pelos crimes e pedem repressão a grupos de ultradireita, disseram que a Rússia corre o risco de virar um Estado policial.

Eles atraíram uma contramanifestação de um pequeno grupo que gritava slogans racistas.

Cerca de mil pessoas se reuniram sob frio de 20 graus Celsius negativos para depositar coroas de flores na rua próxima ao Kremlin, onde em 19 de janeiro de 2009 foram assassinados o advogado Stanislav Markelov e a jornalista Anastasia Baburova. Um tribunal moscovita atribuiu o crime a nacionalistas.

Um porta-voz policial disse que 24 pessoas foram presas porque tentavam realizar uma "passeata ilegal".

"Houve um acordo com as autoridades para a manifestação, mas depois da manifestação eles provocaram a polícia tentando realizar uma passeata", disse.

Críticos do Kremlin, como o enxadrista Garry Kasparov, queixaram-se durante o evento de que os russos que enfrentam o banditismo estão sendo atacados, e que ninguém foi condenado por uma série de homicídios que vitimaram jornalistas e ativistas dos direitos humanos.

A Rússia tem sido acusada de se empenhar pouco para elucidar tais crimes, inclusive o assassinato, em 2006, da jornalista Anna Politkovskaya, que trabalhava no mesmo jornal que Baburova, a Novaya Gazeta.

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