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A União Europeia (UE) declarou nesta quarta-feira (26) que a retirada incondicional das tropas russas de todo o território ucraniano é uma condição essencial para considerar o levantamento das sanções impostas à Rússia. Esta posição foi reafirmada após o Kremlin exigir a suspensão de certas sanções como pré-requisito para cumprir um cessar-fogo parcial acordado recentemente durante negociações na Arábia Saudita.
“A retirada incondicional das forças militares russas de todo o território de Ucrânia seria uma das principais precondições para alterar ou levantar sanções”, afirmou uma porta-voz do bloco europeu, ao comentar os rumos da guerra iniciada por Moscou em fevereiro de 2022. A UE classificou novamente a ofensiva russa como uma “agressão injustificada e não provocada” contra a Ucrânia.
Desde o início do conflito, a União Europeia implementou 16 pacotes de sanções econômicas contra o regime de Vladimir Putin, incluindo o congelamento de ativos do Estado russo no valor de aproximadamente 235 bilhões de euros. Os juros gerados por esses valores, entre 2,5 e 3 bilhões de euros anuais, estão sendo utilizados para reforçar a capacidade de defesa ucraniana.
O posicionamento do bloco surge em resposta às recentes tratativas mediadas pelos Estados Unidos entre representantes da Rússia e da Ucrânia. Os encontros ocorreram entre os dias 23 e 25 de março, em Riad, capital da Arábia Saudita. Em comunicado, a Casa Branca afirmou ter fechado acordos paralelos com Moscou e Kiev para reduzir tensões no Mar Negro e evitar ataques a instalações energéticas.
No entanto, o Kremlin reagiu com ressalvas, condicionando a entrada em vigor do acordo à suspensão de sanções ocidentais que atingem seu setor agrícola.
A Rússia exige, entre outras coisas, o fim das restrições ao comércio de grãos e fertilizantes, a reconexão do banco agrícola estatal Rosseljozbank ao sistema financeiro SWIFT e o desbloqueio de serviços portuários para navios mercantes russos.
“A Rússia agora deve demonstrar uma verdadeira vontade política de pôr fim à sua guerra ilegal de agressão”, declarou a porta-voz da UE, indicando que o bloco acompanha de perto os desdobramentos das negociações em Riad.
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