Militares russos afirmam ter encontrado estoques de armas químicas dos rebeldes sírios na cidade atingida pelo ataque com gás tóxico do dia 7 de abril. Alexander Rodionov, da unidade militar russa de proteção a armas químicas, disse nesta terça-feira (17) que especialistas encontraram cloro e componentes para a produção de gás mostarda em um laboratório rebelde de Duma.
Ativistas culpam o governo sírio pelo ataque químico, que matou ao menos 40 pessoas. Segundo Rodinov, a lata encontrada com cloro é semelhante a das imagens divulgadas pelos ativistas.
Investigação da Opaq
Nesta terça-feira, também, uma equipe de inspetores internacionais da Opaq (Organização para a Proibição de Armas Químicas) chegou à cidade de Duma, na periferia de Damasco, capital da Síria, onde teria acontecido o ataque químico.
A missão esperava há dias autorização da Síria e da Rússia para entrar na região de Ghouta Oriental, que era dominada por rebeldes na ocasião do suposto ataque.
A ONU (Organização das Nações Unidas) afirma que 40 pessoas morreram e outras 500 foram feridas pela ofensiva química, que motivou o bombardeio aéreo conjunto de Estados Unidos, França e Reino Unido contra a Síria na última sexta-feira (13).
O ditador Bashar al-Assad nega participação no ataque em Duma. Já o governo russo afirma que as imagens do suposto uso de armas químicas foram forjadas.
A visita dos inspetores da Opaq ao local deveria ter ocorrido na segunda (16), mas acabou sendo adiada. O governo britânico disse que Damasco e Moscou impediram a ida dos agentes à Duma.
O vice-chanceler russo, Serguei Ryabkov, justificou o adiamento pela falta de garantias de segurança aos especialistas da Opaq na ocasião.
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