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O presidente da Argentina, Javier Milei, recusou convite para fazer parte do Brics.
O presidente da Argentina, Javier Milei| Foto: EFE/Juan Ignacio Roncoroni

O governo da Argentina fixará o novo salário mínimo obrigatório, aumentando-o em 30% durante os meses de fevereiro e março, devido à falta de acordo entre as partes, condicionada pela aceleração da inflação no país e pelos aumentos da cesta básica, informaram nesta terça-feira fontes oficiais.

"O governo deve estabelecer um salário mínimo e ele foi fixado para fevereiro em 180 mil pesos (US$ 210) e para março em 202.800 pesos (US$ 236 dólares)", anunciou o porta-voz da presidência, Manuel Adorni, em sua habitual entrevista coletiva diária.

O aumento de 30% será aplicado em duas parcelas: 15% neste mês e outros 15% no próximo.

Desde dezembro do ano passado, o salário mínimo vital e móvel (SMVM) chegou a 156 mil pesos (US$ 182), em um contexto de inflação anual de 254,2%, 20,6% mensal e custos da cesta básica com um crescimento anual de 258,2%.

O SMVM é estabelecido em negociações entre câmaras empresariais, sindicatos e um representante do governo, quando este último é responsável por decidir os valores se não houver consenso, conforme estabelecido na Constituição Nacional, bem como um valor inicial para contratos de trabalho.

Esse é o primeiro aumento ordenado pelo governo de Javier Milei desde que assumiu o cargo em 10 de dezembro.

De acordo com a Confederação Geral do Trabalho (CGT), a maior confederação sindical do país, ligada ao peronismo, as negociações estavam em um impasse, pois os sindicatos estavam querendo um aumento de 85% para o salário mínimo, para cerca de US$ 337.

O governo foi forçado a definir o novo valor por decreto, uma decisão que não agrada a Milei, com um aumento que ficou abaixo da inflação.

"Não gostamos da ideia de estabelecer preços mínimos, é uma questão que os trabalhadores e seus empregadores devem resolver", disse Milei em entrevista à "Radio Rivadavia".

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