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Por causa da tempestade Sandy, um barco foi parar diante de uma casa em Point Pleasant Beach, Nova Jersey | Michael Loccisano/Getty Images/AFP
Por causa da tempestade Sandy, um barco foi parar diante de uma casa em Point Pleasant Beach, Nova Jersey| Foto: Michael Loccisano/Getty Images/AFP

Outro hospital de Nova York evacua pacientes após pane elétrica

EFE

Mais de 500 pacientes do hospital público Bellevue de Nova York, localizado perto do East River, estão sendo evacuados devido a uma pane em um de seus geradores de energia elétrica, acionado na segunda-feira em função da passagem da tempestade "Sandy" pela ilha de Manhattan. A evacuação começou depois que as luzes do centro médico começaram a piscar até que finalmente o local ficou completamente às escuras, segundo relatos da imprensa local. Ainda não foi informado o motivo da falha do gerador.

Imediatamente após o incidente foi colocado em prática um plano de evacuação para que os pacientes fossem transferidos a outros hospitais o mais rápido possível. O Bellevue é o segundo hospital que retira pacientes na cidade por culpa de "Sandy", já que na noite da segunda-feira mais de 200 pacientes da Escola de Medicina da Universidade de Nova York foram evacuados depois que o local ficou sem eletricidade e seu gerador de emergência ficou inundado.

Além disso, o hospital de Coney Island, no Brooklyn e pertencente à rede pública, também teve que ser evacuado, já que, embora um de seus geradores ainda esteja funcionando, o outro permaneceu sob a água durante um longo período de tempo e as autoridades preferiram não deixar os pacientes nessas precárias condições. Muitos centros médicos de Nova York estão localizados no eixo da Primeira Avenida, junto ao East River, uma região que sofreu inundações com a elevação do nível da água, o que afetou alguns geradores situados em zonas subterrâneas.

Apesar de trotes, Twitter salva vidas na tempestade

Reuters

Enquanto o furacão Sandy castigava a Costa Leste dos EUA, afetando a rede elétrica e as conexões de internet, milhões de moradores recorreram ao Twitter, em parte para se informar, em parte para pedir socorro.

Mas a rede social também se tornou terreno fértil para trotes que disseminavam boatos ou fotos manipuladas, como a que mostrava a bolsa de Nova York inundada.

A bolsa desmentiu o fato, mas só depois de o tuíte ser replicado incontáveis vezes, chegando até a ser noticiado pela CNN, num episódio que mostra como o serviço de microblogs se tornou um meio essencial nas grandes coberturas da mídia, ainda que altamente falível.

Desde a noite de domingo, autoridades dos EUA vêm usando o microblog para orientar moradores sobre a desocupação de áreas ameaçadas. Quando a tempestade chegou, as linhas do telefone 911 (emergências) ficaram congestionadas em Nova York, levando muitos moradores a enviarem mensagens para a conta do Corpo de Bombeiros no Twitter (@fdny) pedindo informações e socorro para pessoas ilhadas.

Emily Rahimi, que, segundo os bombeiros, gerencia sozinha a conta @fdny, encaminhou com tranquilidade dezenas de pedidos de ajuda, ao mesmo tempo em que orientava usuários com dúvidas sobre ligar para o serviço 311 (atendimento não emergencial da prefeitura) ou para a empresa elétrica ConEd.

Na sede americana da Cruz Vermelha, em Washington, uma pequena sala batizada de Centro de Operações Digitais contém um mosaico com seis monitores mostrando atualizações do Twitter e Facebook, e um "mapa de calor" mostrando a origem das postagens, balizando a mobilização de recursos da entidade.

"Percebemos que podemos realizar a missão da Cruz Vermelha a partir das redes sociais", disse Wendy Harman, diretora de estratégia social da agência, que na terça-feira recebeu uma rápida visita do presidente Barack Obama.

Por causa da tempestade, o Twitter criou a página de evento chamada #Sandy - formato antes reservado apenas a grandes eventos patrocinados, como a Olimpíada ou as corridas da Nascar. A ideia é que a página congregue pessoas que procuram informações sobre o evento, exibindo tuítes selecionados (manualmente ou por um algoritmo) de contas oficiais, como a do prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, e do governador de Nova Jersey, Chris Christie, que esteve particularmente ativo na rede durante a tempestade.

  • Obama e o governador Chris Christie na chegada em Nova Jersey
  • Pessoas caminham por um pier danificado no bairro Queens, em Nova York
  • Pessoas esperam por ônibus na 6ª Avenida, em Nova York
  • Imagem interna mostra inundação nas escadas rolantes da estação South Ferry Whitehall, do metrô de NY
  • Imagem da administração do metrô mostra a estação South Ferry Whitehall, em Manhattan, inundada
  • Residentes de Hoboken, em Nova Jersey, tentam sair de casa após a passagem da tempestade Sandy
  • Usando uma bicicleta, homem tenta se deslocar pelas ruas alagadas de Hoboken, em Nova Jersey
  • Ruas cobertas por água e areia em Margate, Nova Jersey, após a passagem da supertempestade Sandy
  • Tempestade deixa rastro de sujeira nas ruas do Brooklyn, em Nova York
  • Boa parte do Brooklyn está coberta com a sujeira trazida pela inundação
  • Diques portáteis que a tempestade derrubou agora são vistos na região do Brooklyn
  • Inundação causada pela tempestade Sandy invade uma estação de metrô de Nova Jersey
  • Centro financeiro da maior cidade dos EUA também ficou inundado
  • Funcionário de manutenção caminha na rua 33 com a 1ª, em frente ao Langone Medical Center, da NYU
  • Bombeiros prestam atendimento em um prédio cuja parede sofreu um colapso por causa da tempestade, em Nova York
  • Tempestade causada pelo furacão em Southampton, Nova York
  • Carro passa por área alagada em Southampton, Nova York
  • Ondas causadas pela força do furacão Sandy atingem a costa em Milford, Connecticut
  • Veículo atravessa área alagada em Southampton, Nova York: expectativa pela chegada do furacão Sandy
  • Bombeiros apagam incêndio em casa em Freeport, Nova York: estragos causados pelas tempestades do Sandy
  • Homem tira fotos das ondas gigantes em Milford, Connecticut
  • Mulher agarra-se ao guarda-chuva no Parque Georgetown Waterfront, em Washington
  • Casa inundada em Southampton, Nova York
  • Parte de um guindaste gigantes se rompeu em decorrência dos ventos fortes do furacão Sandy em Manhattan
  • Homem corre enquanto um carro de polícia interdita rua em Nova York
  • Árvore de Natal é derrubada pelos ventos do furacão Sandy em Ocean City, Maryland
  • Homem observa o mar agitado por causa do furacão Sandy em Montauk, Nova York
  • Estragos provocados pela tempestade Sandy no sul de Nova Jersey

A até então tempestade Sandy se debilitou e começou a dispersar-se nesta quarta-feira (31) em "múltiplos centros de circulação" ao aproximar-se dos Grandes Lagos da América do Norte, um conjunto de cinco lagos situados na América do Norte, entre o Canadá e os Estados Unidos.

Desde sua passagem como furacão pelo Caribe na semana passada e sua irrupção em Nova Jersey (EUA) como tempestade, "Sandy" deixou mais de 100 mortos e danos que se calculam em dezenas de bilhões de dólares.

FOTOS: Veja as imagens dos estragos causados pela tempestade

INFOGRÁFICO: Confira a movimentação da tempestade

Pelo menos 28 pessoas morreram no estado de Nova York por causa da tempestade "Sandy", mas o número pode ser maior pois ainda prosseguem as tarefas de remoção de escombros. O número total de vítimas de "Sandy" nos Estados Unidos se eleva assim para 50, segundo os últimos dados oficiais.

A maioria das mortes pela tempestade aconteceu devido à queda de árvores sobre casas, automóveis ou pessoas que caminhavam pela rua, mas houve vários casos de pessoas que morreram ao buscar objetos em porões inundados.

Circulação

Em seu boletim emitido às 11h locais (13h de Brasília), o Serviço de Previsão Hidrometeorológica dos EUA indicou que "podem ser encontrados múltiplos centros de circulação, associados com os remanescentes de Sandy, na região ao sul dos Grandes Lagos".

"Se mantêm as advertências de vendavais para regiões dos Grandes Lagos e as advertências para as embarcações pequenas em grande parte do litoral norte atlântico e da Nova Inglaterra", acrescentou o boletim.

"Sandy se debilitou", continuou o relatório, e as ressacas que devastaram regiões em meia dúzia de estados começaram a ceder. O comunicado indicou que "devido à persistência de ventos do norte são possíveis ainda inundações ao longo das costas nos Grandes Lagos".

Obama

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu nesta quarta-feira às vítimas da supertempestade Sandy que o Governo Federal irá fornecer ajuda "a longo prazo", após ter inspecionado os danos causados pelo evento na costa de Nova Jersey (leste).

"Nós estaremos aqui a longo prazo", afirmou Obama ao lado do governador do estado, Chris Christie, em um abrigo localizado na cidade de Brigantine, próxima de Atlantic City, ao sul de Nova York. "Nós não iremos tolerar nenhuma burocracia. Vamos garantir que vocês obtenham ajuda o mais rápido possível", acrescentou o presidente.

"Minha principal mensagem é que o país inteiro viu o que aconteceu. Todo o mundo sabe que o estado de Nova Jersey foi duramente afetado", afirmou Obama, que assegurou às vítimas que "pensa neles em suas orações".

"A prioridade neste momento é restabelecer a eletricidade. E a partir do momento em que a eletricidade for restabelecida (...) haverá, evidentemente, limpeza" a ser feita, acrescentou Obama, que sobrevoou de helicóptero com Christie a região da costa atlântica deste estado, devastado pela supertempestade, que atingiu segunda e terça-feira a costa leste dos Estados Unidos.

Verbas

O governo Obama, interessado em mostrar agilidade na reação à tempestade Sandy, disse ter dinheiro suficiente para ajudar prontamente milhões de pessoas prejudicadas pela tragédia nos Estados Unidos.

O diretor da Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (Fema) observou também que o presidente Barack Obama acelerou a liberação de verbas para as áreas mais atingidas pela tempestade, que passou pelos EUA a exatamente uma semana da eleição presidencial.

Craig Fugate, diretor da Fema, disse a jornalistas na terça-feira (30( que foi excepcional que Obama declarasse situação de "grande desastre" em Nova York e Nova Jersey enquanto a catástrofe ainda estava se desenrolando.

Isso dá a esses estados assistência financeira federal direta para os indivíduos, como proprietários de imóveis e empresas, que podem solicitar ajuda da Fema. Na terça-feira à noite, Obama incluiu também Connecticut nessa lista.

"Isso é extraordinário, no sentido de que geralmente fazemos avaliações mais minuciosas, e muitas vezes isso demora mais", disse Fugate a jornalistas.

Obama também autorizou "declarações de emergência" para outros Estados que vão da Virgínia Ocidental e Massachusetts, e também para o Distrito de Columbia, onde fica a capital, Washington. Essas declarações permitem que a Fema coordene os esforços de auxílio às vítimas, e fornecem a base para uma ajuda federal, que os Estados podem negociar acréscimos.

A Fema tem um pouco mais de US$ 7 bilhões que podem ser rapidamente acessados para ajudar as vítimas. Com aprovação do Congresso, a agência pode liberar mais US$ 11 bilhões.

Veja estragos causados pela tempestade Sandy

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