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Berlim – Depois de saber da abertura das fronteiras no dia 9 de novembro de 1989, Maren Pitz, à época com 24 anos, foi para as ruas comemorar a liberdade, quando de repente começou a sentir as dores do parto. Não teve tempo de chegar à maternidade. O parto foi feito na rua, debaixo de uma árvore. O bebê, Sarah, foi parar nas primeiras paginas dos jornais, como a primeira criança nascida na nova Berlim.

Sarah sempre achou que a data da queda do Muro era muito especial, pela coincidência com o seu aniversário. A adolescente, que estagia num hotel de Potsdam, cidade próxima a Berlim, teve esta semana encontros com autoridades como o ex-chanceler Helmut Kohl, governante da Alemanha Ocidental por ocasião da queda do Muro.

No encontro, ela perguntou ao ex-chanceler como foi possível um país no centro da Europa passar mais de 40 anos dividido e recebeu a resposta de que a divisão foi um resultado da Guerra Fria. Para uma adolescente do século 21, o tema parece tão distante quanto uma viagem à Lua.

Indagada se acha a vida melhor ou pior sem o Muro, ela diz que considera tudo hoje "uma maravilha". Já sua mãe, que trabalha numa empresa de limpeza, reclama: "Na época do Muro tínhamos menos preocupação financeira", diz Maren.

O marido de Maren é motorista de ônibus, a filha mais velha, de 21 anos, trabalha numa fábrica de cosméticos. A outra, de 20, trabalha na área de gastronomia.

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